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A cidade e os livros


Eventos recentes ligados ao mundo dos livros, da leitura e da literatura, com repercussão internacional, nacional e regional/local, a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, a Festa Literária Internacional de Parati/Flip, o 2º Festival Literário de Itajaí e a 3ª Feira do Livro de Balneário Camboriú, chamaram a atenção da imprensa neste semestre.

O primeiro dos eventos, em sua septuagésima edição, é a maior feira do mercado editorial do mundo. Neste ano, recebe, como sempre, milhares de visitantes e se dedica a debater a intrincada geopolítica do mundo atual. Muito sucesso alcançou a Flip em julho. O 2º Festival Literário de Itajaí, realizado de 23 a 25 de agosto último, teve livros lançados e à venda, oficinas literárias e histórias contadas. A 3ª Feira do Livro de Balneário Camboriú, que celebrou o cinquentenário da Biblioteca Municipal Machado de Assis, no período de 1º a 7 de outubro próximo passado, além da venda de livros, fez lançamentos, bate-papos com escritores, contações de histórias e mais programas.

Tais eventos acontecidos aqui, Brasil e mundo afora, que têm comprovado proveito cultural, fazem pensar porque não se firmou antes em Itajaí igual programação, apesar de tantas iniciativas já feitas desde muito tempo. Por outro lado, a cidade conta com um Salão Nacional de Artes Visuais que se realiza desde 1990, um Festival de Música já na sua 21ª edição e o Festival Brasileiro de Teatro, com cinco edições bianuais.

Veja-se, como ilustração, o que já se tentou até aqui para difundir o livro. As primeiras iniciativas começaram nos anos finais de 1960, encabeçadas pelo Grêmio Estudantil Salesiano Itajaí/Gesi, sob o incentivo do Pe. Heriberto Schmitt, emérito professor de Português do Colégio Salesiano. A Fecoli/Feira Colegial do livro de Itajaí se realizou por alguns anos, na Galeria do Edifício Rio do Ouro, com apoio da Livraria Santos, que ali estava localizada. A seguir, vieram as sucessivas feiras de livros que aconteceram durante as 10 edições do Festival de Inverno de Itajaí, no período de 1973 a 1982. Os Festivais de Inverno deixaram muitos e importantes legados à cultura de Itajaí, mas nessa área dos livros nada ficou. Quando da fundação em 1997 da Academia Itajaiense de Letras, pensou-se afinal ter passado a existir uma entidade comprometida com política de difusão do livro e da leitura. Ela chegou a estar à frente de duas feiras de livros na rua Hercílio Luz, na primeira década dos 2000. Contudo, por razões que não vêm ao caso agora, a Academia Itajaiense de Letras, logo após, entrou em dormição. Mais recentemente, por iniciativa particular de dois escritores locais, realizou-se a Feira do Livro Infantil de Santa Catarina/Felisc, nos anos 2016 e 2017.

Agora, como se disse, já há dois anos se realiza o Festival Literário de Itajaí, pelo qual se tem expectativa de continuidade, aprimoramento e prestígio do público, que é a razão do evento e faz o seu sucesso.

Em tempos, que se vive, de reclames por mais mentes e corações abertos, nunca será demais recordar estes versos do poeta Castro Alves:

“Oh! Bendito o que semeia

Livros... livros à mão cheia

E manda o povo pensar!

O livro caindo n´alma

É germe – que faz a palma,

É chuva – que faz o mar!”


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