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De Palácio Imperial a Museu Incendiado


No último domingo uma cena lamentável: incêndio no Museu Nacional. Consequentemente, parte de nossa história virou pó. Perdeu-se 20 milhões de peças, milhares de pesquisas e milhões de acervos. Para quem não sabe o Museu Nacional outrora foi o Paço de São Cristóvão (também chamado de Palácio Real e Palácio Imperial), onde nasceu D. Pedro II em 02 de dezembro de 1825.

Inicialmente tratava-se de um casarão que ficava em uma propriedade rural e pertencia a um rico comerciante português. Este casarão, na ocasião, dava uma boa vista para Baía de Guanabara. Daí o nome dado ao bairro: Quinta (propriedade rural) da Boa Vista. Posteriormente, o citado imóvel passou a ser de D. João VI: logo que aqui chegou em 1808. Lá também morreu (reflexo de causas morais e quem sabe também físicas), em dezembro de 1826, D. Leopoldina (Imperatriz do Brasil).

No mesmo local, em 1882 (já no Segundo Reinado), na passagem de 17 para 18 de março, as joias da Imperatriz Teresa Cristina e da Princesa Isabel foram furtadas. O episódio implicou escândalo que envolveu a família imperial, particularmente o Imperador D. Pedro II. O principal suspeito do furto foi solto logo que encontraram as joias. O suspeito era Manuel de Paiva (ex-funcionário do palácio) e a soltura do meliante alimentou uma série de publicações na imprensa uma vez que era tido como cafetão do Imperador D. Pedro II.

Em 04 de abril se promovia o último baile do Primeiro Reinado que celebrava no Palácio de São Cristóvão o décimo primeiro aniversário da princesa primogênita Maria da Glória.

Outro episódio que passou para a história: a Abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, também ocorreu no Palácio São Cristóvão. D. Pedro I entregou a carta de abdicação ao major Miguel de Frias e Vasconcelos. O Imperador teria dito: “Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que tanto amei e ainda amo”.

Sem maiores delongas, após a queda da Monarquia, o Palácio da Quinta (Paço de São Cristóvão) tornou-se um museu. Hoje chamado de Museu Nacional e também conhecido por Museu da Quinta da Boa Vista e que, infelizmente, no último dia 2 de setembro teve, ao que parece, um trágico fim. O descaso e os investimentos que se tornaram diminutos parece ter levado a um incêndio de proporções irreparáveis. Lamentável!!!

Eder Aparecido de Carvalho: Professor de Sociologia do IF-Catarinense. Também é Doutorando em Ciências Sociais pela UNESP. E-mail: carvalhoeder@hotmail.com


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