Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Conselho do Marcílio Dias: novos capítulos
A novela envolvendo o Conselho Deliberativo do Marcílio Dias ganhou novos capítulos esta semana. Uma reunião na Federação Catarinense de Futebol colocou na mesma mesa de debate o presidente do Conselho, Almir César Vieira, membros da diretoria executiva do clube e o superintendente de futebol Egon da Rosa. Com a presença de outras autoridades, incluindo o presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto, foi proposto que Almir renunciasse a presidência do Conselho, Egon renunciasse ao Conselho que diz que preside, e uma nova eleição para o Conselho fosse realizada.
O que ficou acordado
Egon aceitou na hora, afinal, vai renunciar um Conselho ao qual ele não tem sequer como provar que é presidente legítimo, sem um documento oficial que lhe dê validade. Já Almir disse que concordava com a ideia, mas que teria que consultar os demais conselheiros. Mesmo que Almir renunciasse, quem assume é o seu vice na mesa diretora. Ou seja, seria necessária uma renúncia coletiva.
Conselho disse não
Como era esperado, a maioria absoluta do Conselho Deliberativo se negou a renunciar e o próprio Almir acabou concordando com os argumentos do grupo. Afinal de contas, todos foram eleitos de forma legal, em conformidade com o estatuto. Não faria sentido abrir mão de um direito constituído em detrimento de um Conselho criado de forma irregular. Ficou definido então que seria respeitada a decisão da Assembleia Geral, que reconhece Almir como presidente do Conselho e cobra da diretoria executiva a prestação de contas de 2015 e o orçamento de 2016.
Diretoria executiva acreditava em acordo
Até que entra na história o vice-presidente do Marcílio Dias. Douglas Vinícius diz que no entendimento do clube o acordo de nova eleição estava selado na FCF. Douglas afirma que existem interesses pessoais como pano de fundo, no intuito de atrapalhar o clube. Almir e seus pares, no entanto, já garantiram em várias entrevistas concedidas à imprensa que estão tentando fazer com que o estatuto seja cumprido. Até que ponto isso é pessoal? Não sei...
Duas funções, a mesma pessoa
O vice-presidente tem direito de dar a sua opinião, é claro, mas me chama a atenção essa acusação sobre interesses pessoais. A diretoria executiva lançou uma assembleia extraordinária que não condiz com o estatuto e, através dessa assembleia que não teve validade legal, reconhece Egon como presidente do Conselho. Egon, então, teria a obrigação de fiscalizar a diretoria do Marinheiro. Ao mesmo tempo, Egon é subordinado à mesma diretoria por ocupar o cargo de superintendente de futebol. Como seria classificada essa relação entre fiscalizador e subordinado que são a mesma pessoa? Cada leitor que tire suas conclusões.