Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Justiça no Marcílio Dias
Diante do caos que vive o Marcílio Dias, o presidente do Conselho Deliberativo, Almir César Vieira, acionou a justiça para que as determinações da assembleia geral extraordinária, realizada na Câmara de Vereadores, fossem cumpridas pela diretoria executiva. Com base em toda a documentação apresentada, o juiz José Agenor de Aragão concedeu uma antecipação de tutela ao presidente do Conselho e solicitou que a diretoria do Marcílio Dias apresente, em cinco dias, as contas do exercício de 2015, o orçamento para 2016 e abra as portas do clube ao Conselho Deliberativo legítimo e aos meios de comunicação. Caso não cumpra, a diretoria será afastada pelo prazo de 60 dias, como também determinou a assembleia dos sócios. Procurada pela imprensa, a presidência executiva não quis se manifestar no dia seguinte, mas provavelmente irá recorrer.
Alívio e esperança
A decisão do magistrado foi recebida com um ar de alívio para conselheiros, sócios e, principalmente, torcedores do Marcílio Dias. A esperança é que os trâmites sejam cumpridos e o Marinheiro volte a ser um clube do povo, dos apaixonados pelo rubro-anil, e não apenas das três pessoas que hoje o conduzem e tentam, inclusive desrespeitando o estatuto, mantê-lo longe de todos.
A novela do Profut
Em fevereiro deste ano o presidente do Conselho Deliberativo levantou na imprensa a importância do Marcílio Dias aderir ao Profut para o parcelamento de suas dívidas, sob o risco de não participar da Série B deste ano. Desde que o assunto veio à tona, o vice-presidente executivo, Douglas de Oliveira, garantiu ao torcedor que o clube em breve daria entrada na documentação junto a Receita Federal, tratando Almir inclusive como aproveitador e terrorista. Três meses se passaram e pouca coisa aconteceu. Nesta semana, o jornalista Ismail Filho, da TVBE, entrevistou o advogado do clube e a resposta foi surpreendente: o Marinheiro ainda está levantando as informações necessárias para o Profut. O advogado sequer sabia que o estacionamento da Rua Gil Stein Ferreira é locado para o filho do presidente, o que caracteriza gestão temerária, de acordo com a nova lei.
Brasileirão pode ser anulado
Segundo a jornalista Gabriela Moreira, da ESPN Brasil, a CBF descumpriu a Lei Federal que obriga as entidades a cobrarem dos participantes de competições esportivas as certidões negativas de débito antes do início do certame. Em parecer, o Ministério do Esporte deixou claro que qualquer clube ou pessoa que acionar a justiça pode paralisar e até anular a maior competição de futebol nacional. Além disso, o presidente da CBF, Marco Paulo Del Nero, pode ser afastado do cargo por este motivo. O cerco está fechando: clubes que não tiverem as certidões negativas de débito estão fadados ao fim.