DANÇA CENTENÁRIA
Livro conta a história do casal Zepe e Miranda Sandri
Casal tem 100 anos de idade e celebrou 78 de casamento
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O livro “A vida é uma dança” conta a biografia de um casal cuja história completou 100 anos no último mês de agosto. José Sandri e Miranda Zermiani Sandri nasceram no mesmo dia, 7 de agosto de 1925. Trabalhadores rurais desde muito jovens, os dois se conheceram na década de 1940, em uma domingueira feita para animar os corações, e, em 25 de outubro de 1947, oficializaram a união. De lá para cá, são 78 anos de casados e uma trajetória que deixou muitos frutos para Itajaí. No último domingo, a família se reuniu para um almoço em que foi celebrado o aniversário de casamento e o lançamento do livro.
Pra retratar a longa vida e a união feliz, a neta Kenia Sandri Fagundes escreveu a biografia do casal, que se mistura com a história de Itajaí. Eles e os herdeiros comandam comércios que mostram a crença na economia. Entre eles o hotel Vitória, Itajaí Tur, loja Tamoyo e a Colonial Confeitaria, empreendimentos que carregam o traço de dedicação do casal e dos descendentes: nove filhos, 21 netos e 25 bisnetos.
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O livro, editado pela Oficinabox, está sendo distribuído para familiares e amigos. “José Sandri, ou simplesmente Zepe, é um nome que se confunde com a história de Itajaí. Nascido de raízes humildes e com pouca educação formal, ele se revelou um gigante do empreendedorismo, construindo um legado que vai do primeiro supermercado de Santa Catarina a empreendimentos na rede hoteleira. Sua vida é um testemunho de resiliência e visão: com um "jeitinho" peculiar e uma fé inabalável, Zepe transformou cada desafio em oportunidade, enxergando potencial onde outros viam apenas obstáculos. Sua notável capacidade de trabalho e seu otimismo contagiante foram a força motriz de uma trajetória centenária”, escreveu a neta, na abertura do livro.
“Hoje, aos 100 anos, Zepe representa a memória viva de uma era de desbravamento e sucesso. Sua paixão pela dança e pela música – uma metáfora para a leveza com que encara a vida – permanece, apesar das limitações da idade, um prazer que, talvez, explique sua impressionante longevidade. O homem que vê a vida como uma ‘grande dança’ deixa um patrimônio não apenas material, mas sobretudo, um exemplo de dedicação, perspicácia e alegria de viver plenamente, valores que ecoam através das gerações da família Sandri”, completou.
Sobre a avó, Kenia diz que Miranda é o coração e o pilar da família Sandri. “Vinda da lida árdua nos arrozais, ela trouxe para seu casamento com Zepe uma resiliência singular, uma fé profunda e uma dedicação irrestrita. Enquanto Zepe se lançava nas oportunidades de negócios, Miranda era o esteio em casa, gerenciando uma prole numerosa, contribuindo ativamente para os primeiros empreendimentos e garantindo a harmonia e os valores que pautaram a família. Sua presença forte e serena foi o contraponto perfeito à efervescência do marido. Sua vida foi marcada por uma fé ativa, que a levou a estender a mão aos mais necessitados e a ser uma figura de conselho e apoio em momentos cruciais da família. Hoje, embora seu corpo sinta o peso dos anos, o legado de sua disciplina, amor e generosidade permanece como um farol para seus filhos, netos e bisnetos”, concluiu.
Franciele Marcon
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"
