Os dois primeiros navios do Programa das Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) estão atracados no cais do TKMS Estaleiro Brasil Sul, dividindo as águas do rio Itajaí-açu e marcando os avanços no projeto após os testes realizados em agosto. Dentro do estaleiro, segue a construção da terceira fragata do programa, que prevê quatro embarcações até 2029.
As duas primeiras fragatas estão em diferentes etapas. A fragata Jerônimo de Albuquerque - (F201), batizada em 8 de agosto, passou pela operação de load out: a transferência da embarcação para um ...
As duas primeiras fragatas estão em diferentes etapas. A fragata Jerônimo de Albuquerque - (F201), batizada em 8 de agosto, passou pela operação de load out: a transferência da embarcação para um dique flutuante, seguida de imersão controlada até o navio atingir a sustentação na água. Em 26 de agosto, a embarcação foi para o rio Itajaí-açu, concluindo o processo de lançamento.
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A movimentação do navio durou cerca de cinco horas. "É um orgulho enorme colocar na água mais uma fragata da Classe Tamandaré. Esse novo marco reflete o sucesso desse projeto inovador, que segue em avanço acelerado e comprovando que podemos, sim, realizar grandes feitos mobilizando a cadeia da indústria naval no Brasil”, ressaltou o diretor-executivo do consórcio Águas Azuis, Fernando Queiroz.
A construção da F201 começou em novembro de 2023, com o corte da primeira chapa de aço. A cerimônia de batimento de quilha da embarcação, momento que marca o início da montagem dos blocos, foi em junho de 2024. A fragata permanecerá no cais do estaleiro para a instalação e o comissionamento de equipamentos, além da realização dos testes necessários antes das provas de mar.
Em etapa mais avançada pra ser entregue à Marinha do Brasil, a fragata Tamandaré (F200) concluiu com sucesso os primeiros testes de mar na costa de Santa Catarina, entre os dias 12 e 19 de agosto. Os testes contaram com a participação de 130 militares e civis a bordo. Foram validados o desempenho e a integração dos sistemas de propulsão, da geração de energia, de leme, dos estabilizadores e de navegação.
Segundo a Marinha, também foi testada a operação da embarcação em condições normais de viagem, incluindo o funcionamento da cozinha, do sistema de esgoto e do ar-condicionado. As principais avaliações de velocidade e manobrabilidade estão em conformidade com os requisitos contratuais.
“Esses navios representam a busca da Marinha por modernização da frota naval, autonomia estratégica e aumento na confiabilidade das operações, fortalecendo a proteção da nossa Amazônia Azul. Este feito não é apenas uma conquista tecnológica, é um estímulo à indústria local, é geração de empregos qualificados, transferência de tecnologia e sustentabilidade para a cadeia produtiva naval”, destacou o diretor-geral do Material da Marinha, almirante de esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa.