O Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina revogou a autorização de porte de arma de fogo do cabo da reserva remunerada Saulo Salustiano Ramos Neto (PP), o popular cabo Ramos, que também é vereador em Itapema. A decisão foi assinada pelo coronel Emerson Fernandes, comandante-geral da PMSC, na última quinta-feira. O vereador chamou a decisão de “politicagem” pelas redes sociais. 

O cabo Ramos foi lotado no 31º Batalhão da PM, em Itapema. A medida foi tomada após a conclusão do Inquérito Policial Militar instaurado a partir de uma denúncia que apurou indícios de práticas incompatíveis com o exercício do porte de arma. Entre as condutas apontadas estão a incitação pública ao crime, conforme o artigo 286 do Código Penal, uso irregular de uniforme e equipamentos policiais e abuso de autoridade.

A portaria determina que a Corregedoria-Geral recolha imediatamente a cédula de identidade funcional do cabo Ramos, bem como todas as armas de fogo registradas em seu nome no sistema. O material deverá ser armazenado na reserva de armas do 31º BPM.

O documento ainda prevê que a suspensão seja comunicada à Polícia Federal e ao Exército Brasileiro para bloqueio de registros e possível cancelamento de certificados relacionados ao colecionamento, tiro desportivo ou caça. 

O descumprimento da decisão poderá resultar em responsabilização penal, militar e disciplinar, além de revogação administrativa de registros.

Pelo Instagram, o vereador rebateu a decisão e classificou a medida como “politiqueira”. "A política usando a polícia para perseguir os adversários! Isso que é o estado mais conservador do Brasil né!", disse nos stories do seu perfil.

https://www.instagram.com/reel/DNJbKHgPByL/?igsh=MW50aXExZWJkZmV0OA==

"Querem me matar! Que comece a caçada, estou esperando, desarmado, todos os criminosos que antes me ameaçavam, façam o trabalho que os políticos por não terem coragem, estão facilitando para vocês!", completou.