Rajadas de vento levaram muitos objetos, como telas de prédios em cons-trução, para a fiação elétrica causando apagões
(foto: reprodução)
A formação de um ciclone extratropical no oceano provocou ventos intensos no litoral de Santa Catarina nesta segunda-feira. As rajadas que atingiram a região da Amfri chegaram a 84 km/h em Itajaí. A condição gerou uma série de ocorrências, como falta de energia causada pela queda de objetos sobre a rede elétrica da Celesc, mar agitado, risco de ressaca nas praias e alagamentos costeiros durante os picos de maré alta.
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Segundo o laboratório de Climatologia da Univali, os ventos mais fortes foram no molhe da barra, em Itajaí, com 84 km/h. Na estação da Epagri, no bairro Itaipava, também em Itajaí, os ...
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Segundo o laboratório de Climatologia da Univali, os ventos mais fortes foram no molhe da barra, em Itajaí, com 84 km/h. Na estação da Epagri, no bairro Itaipava, também em Itajaí, os ventos alcançaram 65,5 km/h.
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Em Navegantes, as rajadas chegaram a 62,9 km/h no centro; em Camboriú, 36,7 km/h no bairro São Francisco e, em Brusque, a estação do bairro Santa Terezinha registrou 51,5 km/h, enquanto no centro da cidade os ventos alcançaram 68,1 km/h.
A Defesa Civil de Balneário Camboriú informou que, na tarde de segunda, houve picos de rajadas de vento que oscilaram entre 67 km/h e 73 km/h. As rajadas rolaram entre 12h e 18h.
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Apagão em SC
O vendaval provocou diversos estragos na região, deixando cerca de 80 mil unidades consumidoras sem energia em toda Santa Catarina.
Na região da Amfri, os maiores problemas ocorreram em Itapema, com cerca de 7 mil imóveis sem luz; em Porto Belo, 1,8 mil unidades; e em Camboriú, 1,7 mil. Por volta das 13h, aproximadamente 11 mil unidades estavam sem energia nas cidades da Amfri.
Segundo a Defesa Civil de Itapema, o problema foi causado por telas de proteção de prédios em construção que foram arrastadas pelo vento até a fiação elétrica, provocando curtos-circuitos e interrupção no fornecimento.
Os bairros mais afetados em Itapema foram Andorinha e Meia Praia, além do centro. No bairro Sertão do Trombudo, uma estrutura de placa publicitária foi derrubada pelo vento. Apesar do susto, ninguém se feriu.
Segundo a Celesc, até as 20h desta segunda-feira havia 4,7 mil imóveis sem luz em todo o estado. Na região da Amfri, apenas 100 casas estavam sem luz em Itajaí, Ilhota e Navegantes.
Cerca de 20 equipes estavam nas ruas trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia. A maior parte dos problemas já havia sido resolvida, mas os trabalhos continuariam entre a noite de segunda e madrugada de terça-feira.
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Ciclone derruba as temperaturas
Os estragos do ciclone seguem até hoje, quando o fenômeno se afastará da costa ao longo do dia, perdendo influência. Com a passagem do ciclone, uma massa de ar polar deve derrubar as temperaturas na região a partir desta terça. “A terça tem predomínio do sol com a mínima, à noite, de 8 °C. Os ventos continuarão de sudoeste e sul com intensidade entre calmaria e brisa suave. Podem ter rajadas acima de 30 km/h na madrugada e noite. Até quinta-feira predomínio do sol”, disse Sergey Araújo.
As mínimas podem chegar a 6 °C nas manhãs de quarta e quinta.
A chance de chuva é praticamente nula nos próximos dias. Entre terça e quinta-feira, o sol predomina com poucas nuvens. O tempo deve ficar mais encoberto a partir de sexta-feira. Após o frio no início da semana, as temperaturas sobem no fim de semana, podendo chegar a 25 °C no domingo.
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Vento derruba galho de árvore centenária da Martin Luther
Defesa civil retirou galho que foi arrancado pela força do vento (foto: Paulo Giovany)
Um galho da árvore centenária que fica na esquina da avenida Martin Luther com a rua Jamaica, em Balneário Camboriú, quebrou com a força de uma rajada de vento no início da tarde de segunda-feira.
O galho quebrou, mas não se desprendeu totalmente. Um caminhão muck foi acionado para levar um trabalhador até o topo da árvore e fazer o corte do pedaço que ainda permanecia preso.
Para a retirada do material da pista, agentes de trânsito sinalizaram o local, enquanto a equipe da Defesa Civil fazia a análise da árvore. O trabalho foi executado entre 13h30 e 14h30, quando todas as pistas da avenida foram liberadas para o trânsito.
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A secretaria do Meio Ambiente também fará uma análise para verificar se há comprometimento estrutural na árvore. A espatódea (spathodea campanulata), também conhecida como tulipeira-africana, é uma árvore exótica de origem africana bastante comum em áreas urbanas do Brasil, devido à beleza de suas flores alaranjadas ou avermelhadas, em formato de sino, e podendo atingir até 25 m de altura.
Queda em Itapema
Uma rajada de vento também derrubou uma árvore no município de Itapema, por volta das 15h de segunda. Os bombeiros foram acionados para retirar o eucalipto que tombou em cima de uma casa na rua 466. Apesar do susto, os danos foram materiais e não houve vítimas.
Risco de ressaca nas praias
(foto:João Batista)
Além do perigo à navegação, o mar agitado traz o risco de ressaca nas praias catarinenses. Segundo a Defesa Civil do Estado, a condição vale desta segunda até a quarta-feira.
O aviso do órgão mostra a região de Itajaí em alerta laranja, com risco alto para ocorrências ligadas à agitação marítima e ressaca. Segundo a Defesa Civil, no litoral norte as ondas podem chegar a 3,5 metros em áreas perto da costa e passar dos cinco metros em alto-mar.
Para o litoral sul, o alerta é vermelho, com risco muito alto atividades de pesca, navegação, esportes náuticos e erosão costeira. Entre o sul do estado e a Grande Florianópolis, as ondas podem chegar a cinco já em áreas perto das praias, sendo maiores em alto-mar.
A alta na ondulação é devido aos ventos intensos e persistentes provocados presença do ciclone no oceano. Ele está bem próximo da costa entre o Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina, afetando o litoral dos dois estados. A atuação do ciclone segue até terça-feira, quando o fenômeno se afastará da costa ao longo do dia, perdendo influência.
Também existe a possibilidade de alagamentos costeiros, entre tarde de segunda e a madrugada e tarde da terça. A ocorrência é prevista como resultado da intensificação dos ventos sul pela influência do ciclone, somados à fase da lua, quando a maré se eleva, dando condições para o avanço das águas em ruas e localidades mais baixas. Nesta terça, o pico será às 17h15, com previsão de 1,2 metro em Itajaí e de um metro em Balneário. Os alagamentos podem ocorrer se a maré subir acima do esperado.
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