A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu na quinta-feira, em Itapema, um homem de 39 anos investigado por liderar um esquema de fraudes no setor imobiliário. Segundo as autoridades, os prejuízos ultrapassam R$ 20 milhões e ao menos 120 vítimas foram identificadas até o momento.
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A ordem de prisãi é da Comarca de Nova Petrópolis (RS), onde o investigado atuava como administrador de uma empresa do ramo imobiliário. Conforme apurado, ele firmava contratos de locação ...
A ordem de prisãi é da Comarca de Nova Petrópolis (RS), onde o investigado atuava como administrador de uma empresa do ramo imobiliário. Conforme apurado, ele firmava contratos de locação e intermediação com aparência legal para atrair cauções, aluguéis antecipados e comissões. No entanto, os valores eram desviados e não eram repassados aos proprietários nem devolvidos aos inquilinos.
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A empresa fechou as portas em abril deste ano. Logo depois, o homem se mudou para Santa Catarina e passou a atuar como corretor em Itapema, usando nova identidade profissional.
Apesar das ações cíveis e penais já em andamento, ele mantinha vida de luxo num imóvel de alto padrão, onde seguia anunciando seus serviços nas redes sociais com promessas de segurança e confiança.
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Diante da gravidade do caso, do histórico de golpes e da possibilidade de novas vítimas, a Justiça de Nova Petrópolis determinou a prisão preventiva do investigado. A ação contou com apoio da polícia de Itapema, que colaborou no planejamento e ajudou a garantir que a prisão fosse feita com segurança.
Segundo a Polícia Civil, a detenção representa um passo importante na responsabilização do investigado e na tentativa de reparar os danos causados às dezenas de famílias afetadas.
Sem Creci em SC
O estelionatário não tem registro como corretor de imóveis em Santa Catarina. A informação foi divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci-SC). A promotora Ana Flávia Amaral Rezende, de Nova Petrópolis (RS), além do pedido de prisão preventiva solicitou a suspensão do registro profissional do investigado junto ao Creci do RS e de SC.
A medida foi atendida pela Justiça gaúcha, que enviou ofício ao Creci-SC também nesta quinta-feira, requisitando a suspensão do registro. Em consulta ao sistema o Conselho verificou que o acusado não tem credenciamento na entidade catarinense.
O Creci esclarece que os processos disciplinares, como suspensão de credenciamento, só podem ser aplicados a profissionais registrados. Nos casos de exercício ilegal da profissão, a responsabilidade é do Ministério Público.