DIÁLOGO
Programa Afluentes aproxima comunidade e Águas de Camboriú
Abastecimento e esgotamento sanitário de Camboriú foram debatidos em reunião
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]



A Águas de Camboriú recebeu, na última semana, representantes do bairro Taboleiro para mais uma edição do programa Afluentes, espaço de diálogo e troca de informações entre a concessionária e a comunidade. A reunião discutiu o abastecimento de água e o esgotamento sanitário na região. Atendendo ao pedido dos moradores, a concessionária detalhou à população as ações e os investimentos que vêm sendo feitos na cidade.
Uma das preocupações dos moradores é com o crescimento populacional do bairro e como a concessionária se organiza para garantir o abastecimento de água. “A construção de novos edifícios traz um aumento significativo na demanda de água e nos preocupamos com o futuro da região”, comentou Afrânio Thiel, representante da Associação de Moradores do Bairro Taboleiro.
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Vilmar Pereira da Silva Junior, gerente de operações da concessionária, destacou que Camboriú tem registrado crescimento constante na população, que já ultrapassa os 100 mil habitantes. “Quando há novos empreendimentos, a primeira etapa é avaliar o consumo e a população prevista para dimensionar as necessidades do abastecimento. Isso inclui a extensão da rede e o aumento da capacidade de fornecimento de água”, explicou Vilmar.
Outro ponto levantado foi o estudo feito para um possível aditamento do contrato de concessão, com o objetivo de construir uma Estação de Tratamento de Água (Eta) de 114 L/s exclusiva para Camboriú com foco em resolver a falta de água durante a temporada de verão. O estudo foi elaborado pela concessionária e entregue ao poder concedente e à agência reguladora.
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“O município entendeu que, neste momento, é mais estratégico continuarmos com os estudos de implantação do esgotamento sanitário incluindo a Estação de Tratamento de Esgotos (Ete) e suas redes. O município de Camboriú decidiu que o tema do abastecimento será retomado somente após a instalação deste sistema”, explica Vilmar.
Desafios
O esgotamento sanitário também foi tema da reunião. Vilmar ressaltou que, conforme contrato, a concessionária deve assumir 21 pequenas Etes distribuídas em 16 loteamentos. Até então, essas estações estavam sob responsabilidade dos empreendimentos e da prefeitura. “Seis delas já estão sob nossa administração, elas ficam nos loteamentos: Barra do Cedro, Ebenezer, Maria Russi, Santa Regina VII, Vicência e Terra Alta”, completa.
Vilmar também falou sobre o processo burocrático de liberação do terreno destinado à Ete principal na área do Instituto Federal Catarinense (IFC). Atualmente, a concessionária aguarda que o município finalize as tratativas de doação do terreno, que pertence à União, para viabilizar a construção do sistema. A expectativa é de que a liberação aconteça em breve, para que as sondagens e o licenciamento ambiental sejam iniciados.
Como a escolha do local da Ete é responsabilidade do município e a decisão foi pela instalação na área do IFC, caso a autorização de uso não seja obtida, a concessionária, a pedido do município, deverá comprar um terreno particular para a obra.