Corre pra conhecer
Cisne Branco está aberto à visitação apenas nesta sexta-feira
Navio-veleiro recebe o público das 10h às 17h na delegacia da capitania dos Portos
Amanda Moser [editores@diarinho.com.br]











O navio-veleiro da Marinha do Brasil Cisne Branco, que dispensa maiores apresentações, está exclusivamente nesta sexta-feira aberto à visitação, no cais da delegacia da Capitania dos Portos, no centro de Itajaí. A visitação é gratuita, das 10h às 17h.
A embarcação da Marinha brasileira encanta os visitantes há 25 anos. O capitão-tenente Willian Ferro de Oliveira Melo conta que o Cisne Branco saiu do Rio de Janeiro (RJ) veio para Itajaí. Da cidade peixeira, ele zarpa rumo ao Rio Grande (RS) e depois retorna à base no Rio de Janeiro.
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Segundo o capitão-tenente Ferro, as viagens para o sul do Brasil são sempre mais turbulentas por conta do mar agitado. E no primeiro dia a caminho de Itajaí, o veleiro enfrentou ondas altas e pouco vento. Contudo, o problema mesmo foi o frio. A tripulação, acostumada com o calor carioca, chegou à Santa Catarina junto com as baixas temperaturas.
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Com maquetes, telas e fotos, o público tem a oportunidade de conhecer mais do passado da embarcação. O veleiro tem 25 velas, três mastros, sala de comando, timão, espaço de lazer e cabines para os tripulantes. Bora conhecer um pouco dos espaços?
Santinha portuguesa
O espaço Lobby da Santa é considerado o cartão postal do interior do navio, com um imenso vitral azulado do Cisne Branco. A arte representa a sua casa: a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Acima do vitral, uma imagem da Nossa Senhora da Boa Esperança é sinal de proteção aos marinheiros. Ela dá nome ao espaço e foi um presente de Portugal. Como o Cisne Branco celebra os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, o país europeu cedeu a imagem da santa que acompanhou Pedro Álvares Cabral em 1500.
O cômodo também guarda um quadro do antigo navio-escola da Marinha do Brasil, Benjamin Constant, o famoso Garcinha Branca , que inspirou um dos oficiais a escrever um poema. Essa composição se transformou na canção Cisne Branco e que, posteriormente, virou o hino da Marinha. “Se hoje o navio Cisne Branco tem esse nome é por conta do poema inspirado no Benjamin Constant”, explicou o capitão-tenente Ferro.
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Lobby da Moeda
O Lobby da Moeda recebeu esse nome porque, durante a construção do navio, uma moeda foi assentada no mastro principal da embarcação.
A tradição vem lá da Grécia antiga, onde os gregos eram enterrados com uma moeda dentro da boca para pagar o barqueiro Caronte. De acordo com a mitologia, ele era responsável por levar as almas até o paraíso. O ritual foi adotado nas embarcações, que passaram a ter uma moeda plantada no mastro principal.
No caso do Cisne Branco, a moeda escolhida tem valor de 100 réis e é datada de 1936. Cunhada em prata, ela traz a imagem do almirante Joaquim Marques de Lisboa, o Marques de Tamandaré e patrono da Marinha do Brasil.
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Praça D’Armas
Com uma bossa nova na trilha sonora, o visitante faz uma viagem no tempo ao entrar na Praça D’Arma. O espaço é onde os oficiais fazem as refeições e tem seus momentos de lazer, e também é onde as autoridades são recebidas.
A decoração é inspirada nos veleiros do século 19, com cadeiras, mesas e até candelabros compondo o cenário. O nome da sala também faz uma viagem ao passado e remete ao tempo que os marinheiros não largavam suas armas, mesmo nos momentos de lazer.
Sala de navegação
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O visitante também pode conhecer a sala ocupada pelo contramestre. Localizada na frente do timão, o espaço é repleto de equipamentos eletrônicos. “Apesar do navio ser remontado no estilo do século 19, nós fazemos a navegação eletrônica”, explicou o capitão.
Mesmo assim, a tripulação não abre mão da carta náutica. O imenso mapa marítimo estava estendido na mesa do contramestre e trazia Itajaí como destino.
Lojinha
Gostou da visita e quer guardar uma recordação? O Cisne Branco tem sua própria lojinha. Com produtos variados, o chaveiro sai por R$ 8, já o isqueiro R$ 350. Também tem imã de geladeira, camisa, boné e muito mais.