Crise sem fim

Câmara de Penha afasta vereadora Manu da Procuradoria da Mulher

Vereadora diz estar sendo perseguida por “vereador que tem saco no meio das pernas”

Servidoras contrárias a Manu sentaram na primeira fileira para ouvir carta de repúdio (Foto: CVP / Divulgação)
Servidoras contrárias a Manu sentaram na primeira fileira para ouvir carta de repúdio (Foto: CVP / Divulgação)

A Câmara de Vereadores de Penha acabou por tomar uma decisão polêmica após a forte repercussão da leitura de uma carta aberta assinada por todas as servidoras da Casa — oito efetivas e duas comissionadas — com denúncias direcionadas à vereadora Emanoelly Roberta da Silva (PP), a popular ‘Manu da Adote Penha’. 

Em razão das acusações de assédio moral e violência de gênero – negadas publicamente pela parlamentar –, o plenário decidiu sobre o afastamento temporário da vereadora da função – pois uma acusada de violência de gênero contra mulheres, no entendimento dos parlamentares, não poderia estar à frente de uma procuradoria voltada ao enfrentamento de abusos.

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A proposta foi feita a partir de requerimento verbal apresentado pelo vereador Diego Matiello (MDB) – esposo de uma das servidoras efetivas do Legislativo e que entrou em rota de colisão com Manu; o pedido de afastamento de 120 dias foi aprovado por cinco votos a quatro.

O afastamento da Procuradoria, segundo a Câmara, não implica em prejuízo às demais atividades parlamentares da vereadora. Três parlamentares — Luiz Fernando Vailatti (União), Maurício da Costa (MDB) e Élio Quintino da Silva Junior (PRD), o Elinho — se ausentaram da reunião antes da votação. 

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A mesa diretora da Câmara informou que irá começar agora a ouvir as servidoras e a própria vereadora denunciada, com o objetivo de apurar os fatos, segundo informou o presidente, Luciano de Jesus (PP), visando garantir a transparência no procedimento interno.

Entrou com pitbull na prefeitura

Esse é mais um episódio polêmico envolvendo Manu, que é ativista da causa animal. Em 2024, ela invadiu a Prefeitura de Penha com um pitbull ferido, exigindo que o então prefeito Aquiles da Costa (MDB) liberasse atendimento veterinário ao cão.

Já como vereadora, ela enfrentou uma primeira comissão parlamentar já no início do ano, após pedido de cassação, que acabou arquivado; na segunda-feira, foi protocolada a carta das servidoras, e Manu reagiu durante seu uso da tribuna, chegando a colar um papel com a inscrição “investigar não é crime” na testa, e sugerindo que é vítima de machismo.

“Enfrento denúncias porque esse vereador é homem? Porque tem um saco no meio das pernas?”, questionou ela, referindo-se a Matiello. “Vou dizer para vocês: eu como nordestina funciono melhor do que muito homem, se for por isso. Não tenho medo, não”, provocou.

A progressista afirma ainda que está sendo “perseguida” porque manteve sua postura de oposição a Aquiles e ao atual prefeito, Luizinho Américo (PL), além de cobrar atos de transparência junto a servidores da casa.

Ao DIARINHO, Manu disse que a atitude só demonstra que o intuito dos vereadores é desmoralizá-la. “Não cometi nenhum crime. Os demais vereadores não foram comunicados da suspensão fora da mesa diretora. Estou aguardando a comunicação oficial da casa e vou tomar as medidas cabíveis. Isso não pode acontecer”, finalizou.




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