SAÚDE
Anvisa proíbe Metbala, bala gummy com efeito Viagra
Produto feito de remédio contra disfunção erétil não tem registro na agência federal
João Batista [editores@diarinho.com.br]

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o medicamento Metbala, bala de goma de tadalafila, substância usada contra disfunção erétil. A medida da Anvisa consta em resolução publicada na quarta-feira. A proibição vale pra venda, distribuição, fabricação, propaganda e uso de lotes do produto, da empresa FB Manipulação.
O Metbala foi barrado porque não tem qualquer tipo de regularização e registro na Anvisa. Além disso, a fabricante, de Mogi Guaçu (SP), não tem autorização do órgão pra produzir medicamentos. A proibição também se aplica a qualquer pessoa, empresa ou veículo de comunicação que comercializem ou divulguem o produto.
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“De acordo com a legislação, medicamentos só podem ser vendidos por farmácias e drogarias e precisam estar registrados na Agência. O registro é a comprovação de que o produto possui eficácia, segurança e qualidade”, informou a Anvisa, em nota.
No comunicado, a agência ressaltou que a tadalafila é um medicamento sujeito à prescrição médica e que o uso do medicamento depende de uma avaliação sobre as condições específicas do paciente.
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Além de indicação contra problemas de ereção, a tadalafila é usada no tratamento de hiperplasia da próstata e hipertensão pulmonar, pelas características de relaxar a musculatura e aumentar o fluxo sanguíneo. A Anvisa alerta, porém, que a automedicação coloca a vida em risco.
“Esses produtos não são inofensivos. Quem faz a propaganda de produtos irregulares também comete infração sanitária e está sujeito a penalidades, incluindo multas”, avisou. No caso do Metbala, o produto é um tipo de bala “gummie”, termo que se à goma, apresentado na forma de pastilha e feito à base de tadalafila.
O uso do remédio virou moda mesmo entre homens jovens, como forma de “bombar” a ereção e aumentar a satisfação durante a atividade sexual. O uso fora das indicações médicas pode gerar complicações, com casos graves de infarto e AVC já identificados.