Em processo de reestruturação interna desde 2023, o Grupo CCR, que detém a concessão dos aeroportos de Navegantes e de Joinville e do trecho sul da BR 101 em Santa Catarina, vai se chamar Motiva a partir de 24 de abril. A data é após a assembleia geral de acionistas, que vai votar sobre a alteração da razão social.
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A mudança adequa o nome atual, sigla pra Companhia de Concessões Rodoviárias, para uma marca mais abrangente, já que hoje a empresa atua, além de rodovias, também com trens, metrôs, VLTs ...
A mudança adequa o nome atual, sigla pra Companhia de Concessões Rodoviárias, para uma marca mais abrangente, já que hoje a empresa atua, além de rodovias, também com trens, metrôs, VLTs e aeroportos. O novo nome virá acompanhado da descrição “Infraestrutura de mobilidade”, ressaltando a ampla atuação do grupo que é a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil.
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Conforme o diretor executivo da companhia, Miguel Setas, a mudança ajuda a “pavimentar” a rota de crescimento da empresa para os próximos anos e vem após a definição de novas estratégias e reestruturação interna. Entre as medidas, estão o enxugamento do quadro de pessoal e estudo pra venda de concessões de aeroportos, com o terminal de Navegantes no pacote.
“Depois de mais de duas décadas com a marca CCR, chegou o momento de fazer evoluir nosso nome e identidade corporativa. Esta mudança se insere no contexto do amplo processo de transformação pelo qual passamos desde 2023 – nova estratégia, nova organização, nova cultura. Agora, nova marca”, disse.
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A empresa se projeta para o futuro com a pretensão de ser mais humanizada, próxima dos clientes, tecnológica e sustentável, revelada nos novos nome e conceito da identidade visual. A empresa deixou as tradicionais cores cinza e bordô e o círculo estilizado da marca CCR pra usar o azul anil e um novo símbolo com três ondas acompanhado do novo nome.
Seguindo um cronograma pré-definido, o processo de troca da marca terá duração de dois anos. A mudança começará no fim de abril pelos principais escritórios da companhia. Ainda em maio, a empresa ganhará um novo ticker (código de negociação) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Nos meses seguintes, a nova marca se estenderá gradativamente às concessionárias até o final de 2026.
Plano de crescimento
A mudança na marca faz parte de um amplo processo de organização corporativa da CCR nos últimos dois anos, chamado de Plano de Aceleração de Valor (PAV), alinhando as bases pro crescimento da empresa. Um dos eixos é a otimização do portfólio de concessões, com foco nos negócios mais estratégicos e lucrativos.
Nesta reestruturação está a contratação de bancos pra avaliar a venda de concessões de aeroportos. A empresa não respondeu sobre a situação específica do aeroporto de Navegantes, mas o estudo abrange todos os terminais do bloco Sul, entre eles Navegantes e Joinville, que poderão passar pra outro operador.
Há expectativa de que os primeiros acordos com empresas interessadas possam sair ainda neste ano. Em aeroportos, a companhia é o terceiro maior player do mercado brasileiro, operando 17 aeroportos nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil e outros três no Equador, em Curaçao e na Costa Rica.
Como desdobramento do PAV, a CCR lançou em 2024 a Ambição 2035, que traz uma série de metas financeiras, operacionais e sustentabilidade de longo prazo pra concretizar a nova visão da empresa. A estratégia quer ampliar as concessões rodoviárias, que hoje respondem por mais de 70% dos lucros da CCR, e de mobilidade urbana em grandes cidades brasileiras.
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