Futuro do Ivo Silveira, interditado há quase um ano, será definido por vistoria
Laudos já apontaram que estrutura está colapsada e pode ruir
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Estrutura poderá ser demolida pra construção de novo projeto (Foto: João Batista)
Só a troca do telhado foi estimada em torno de R$ 2 milhões
(fotos: João Batista)
Uma vistoria técnica da Secretaria de Urbanismo de Itajaí e da Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Fmel) vai definir o futuro do ginásio Ivo Silveira, no bairro Fazenda, interditado há quase um ano, em abril de 2024, após o telhado ceder. O acidente foi durante a instalação de uma manta de impermeabilização. A cobertura não suportou o peso do material e despencou.
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Laudos já apontaram que a estrutura está colapsada, mas ainda não há uma decisão da prefeitura sobre uma eventual reforma ou demolição. A superintendente das Fundações,
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Laudos já apontaram que a estrutura está colapsada, mas ainda não há uma decisão da prefeitura sobre uma eventual reforma ou demolição. A superintendente das Fundações, Anna Carolina Martins, adianta que, pela situação levantada até agora, não vale a pena o custo-benefício de uma reforma. Só a troca do telhado foi estimada em torno de R$ 2 milhões.
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No entanto, como o ginásio tem mais de 50 anos, uma série de adequações, como de acessibilidade, também seriam necessárias numa revitalização. Anna opina que o ideal seria demolir a estrutura pra construir um novo ginásio, mas a definição caberá ao prefeito Robison Coelho (PL).
Após a vistoria feita nesta terça-feira, será produzido um relatório detalhado com o levantamento da situação que será encaminhado ao prefeito. “Vou passar tudo isso por escrito pro Robison pra ele definir o que quer fazer dali”, disse Anna. No momento, não há qualquer perspectiva de reabertura do local.
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“Não temos uma previsão de abertura pro Ivo Silveira, até porque ali está colapsado e pode cair a qualquer momento”, explica a superintendente. Anna relatou que a fundação teve dificuldades em levantar documentos sobre o ginásio, incluindo o projeto original, o que complica a análise pra uma possível reforma.
A antiga gestão municipal não chegou a processar a empresa responsável pela colocação da manta. Não teria sido avaliado adequadamente se a estrutura do ginásio poderia suportar o peso do material. Eventual responsabilização dependerá de análise pela procuradoria do município.
De casa dos Jasc ao abandono
O ginásio Ivo Silveira foi inaugurado em 1972 pelo então prefeito Júlio César, sendo a primeira praça poliesportiva pública de Itajaí, construída pra sediar os 13º Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). Ao longo do tempo, a estrutura passou por diversas reformas, a última em 2012.
No entorno, o ginásio ganhou uma cancha de bocha, a praça do Atleta na frente e uma área de lazer com quadra e parquinho nos fundos. Além de ser casa dos JASC por três vezes, o ginásio sediou jogos escolares, torneios estaduais e, antes da interdição, recebia jogos da federação estadual de vôlei e servia pros treinamentos da equipe de vôlei de Itajaí.
Após a interdição, a cobertura da cancha de bocha foi retirada. O local serve pra abrigo de moradores de rua. Os vizinhos reclamam da situação e cobram providências. Também há risco de queda de materiais da cobertura, como tijolos e partes do encanamento, algumas suspensas. As fitas de isolamento da área instaladas pela Defesa Civil já foram arrancadas.
Melhorias no Gabriel Collares e centro de ginástica
Passando por reparos, Gabriel Collares é único ginásio municipal aberto (Foto: João Batista)
Outros três ginásios municipais foram encontrados em situação “deprimente” pela atual gestão, segundo a superintendente das Fundações, e vão receber reformas. No momento, a cidade tá só com um ginásio aberto, o Gabriel Collares, atrás da prefeitura. Ainda assim, o funcionamento é em meio a reparos em execução pela secretaria de Obras.
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A unidade recebe pintura, consertos nos banheiros e na iluminação pra ficar minimamente adequada para jogos e treinos. Depois, a FMEL promete uma manutenção maior, com reforma da fiação, troca de equipamento da academia e melhorias na entrada.
Na rua Uruguai, o Centro Municipal de Ginástica Artística Eduardo Mário Tavares está fechado para obras e tem previsão de reabertura até o final do mês. O local recebeu uma geral e manutenção no piso, no telhado e em aparelhos. O trabalho foi feito pela própria FMEL e secretaria de Obras.
Segundo a prefeitura, o ginásio não tem problemas estruturais, mas a falta de manutenção nos últimos anos deixou o local insalubre e comprometia a continuidade das aulas e treinos. A última grande reforma no espaço foi em 2012.
Ginásio em Cordeiros espera licitação pra ser reaberto
Em situação mais crítica que as outras duas unidades em obras está o ginásio Jucílio Castro Fernandes, no bairro Cordeiros, que também já abrigou partidas dos JASC. O espaço foi interditado pela Defesa Civil após o fechamento que vinha desde 2024.
A superintendente das Fundações, Anna Carolina Martins, lembra que, na ocasião, a justificativa foi que o local ficaria fechado por falta de renovação do contrato de limpeza.
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Quando assumiu a pasta, Anna conta que foi encontrado um relatório apontando a necessidade de interdição do ginásio por problemas nas treliças, com uma arrebentada e outras três com risco de rompimento. “O ginásio não está colapsado como o Ivo Silveira, só que a Defesa Civil interditou até que a gente arrumasse as treliças”, informa.
A prefeitura abriu um processo de licitação em regime de urgência pra fazer o reparo. Anna destaca que há um esforço pra reabrir os ginásios e também pra tirar do papel projetos de praças como a do Portal 2, inaugurada em fevereiro pra atender quem não tem um ginásio perto para a prática de esportes. O próximo projeto a ser licitado é pro Cidade Nova.
Ainda neste mês, a prefeitura vai anunciar um projeto para a área da pista de atletismo. O novo complexo terá várias pistas de treinamento e até piscina olímpica, num investimento em torno de R$ 30 milhões, com obras previstas pra começar ainda neste ano.
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