NAVEGANTES
Moradores flagram mancha perto de barco encalhado
Mancha parecia um vazamento perto da embarcação
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O barco Matheus F 2, encalhado há 12 dias na praia de Gravatá, em Navegantes, estaria poluindo a orla. Moradores denunciaram ao DIARINHO que, no fim de semana, uma mancha escura foi avistada ao redor da embarcação.
O flagra foi registrado na tarde de sábado. “Tem uma mancha entre a pedra da Miraguaia e a ilha. Já ligamos para as autoridades ambientais, mas no fim de semana ninguém atende”, denunciou um morador.
As tentativas de contato foram feitas para a Polícia Militar Ambiental, Marinha do Brasil e Instituto Ambiental de Navegantes, mas sem sucesso.
O denunciante acredita que a substância não era óleo, pois não se misturava com a água do mar. “Pode ser outro tipo de poluição, porque a água ficou bem escura ao redor do barco, de um tom marrom escuro, na zona de arrebentação”, explicou. No domingo à tarde, ele retornou ao local, mas não identificou a mancha.
A Marinha do Brasil informou que não recebeu nenhuma denúncia sobre o caso nos canais da Ouvidoria. Ocorrências desse tipo podem ser reportadas pelo e-mail delitajai.imprensa@marinha.mil.br ou pelo telefone (47) 98403-7863.
Já o Instituto Ambiental de Navegantes (IAN) informou que tem acompanhado diariamente a situação do barco, com um fiscal designado para acompanhar o caso desde o primeiro dia. O IAN informou que acompanhou a retirada de todo o óleo e todo o diesel que estava na embarcação para evitar qualquer infração ambiental. Na tarde desta segunda-feira, o fiscal fez uma nova visita ao local e constatou que, do ponto de vista ambiental, não há nenhuma infração e nem vazamento de óleo ou combustível.
O encalhe
O pesqueiro Matheus F 2 encalhou na madrugada de 31 de outubro, próximo à pedra da Miraguaia. Ninguém ficou ferido e quando a Marinha esteve no local, na semana retrasada, não havia indícios de vazamento de óleo ou riscos ao tráfego aquaviário.
Um inquérito administrativo foi aberto para investigar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente, com prazo de conclusão de 90 dias. Ainda não há notícias sobre a retirada da embarcação, e a Marinha informou que a responsabilidade é do dono do pesqueiro.