ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Força-tarefa quer brecar a zoeira do som alto e da perturbação do sossego

Itajaí assinou parceria de projeto pioneiro já lançado em BC; MP, órgãos públicos e forças de segurança montaram plano

Carros, bares, conveniências e baladas estão no alvo 
 (Foto: Divulgação/MPSC)
Carros, bares, conveniências e baladas estão no alvo  (Foto: Divulgação/MPSC)

Depois de iniciado em Balneário Camboriú, o programa de combate à poluição sonora “Silêncio é saúde” agora chegou em Itajaí. As duas cidades são pioneiras no projeto feito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em parceria com órgãos de segurança pública, prefeituras, câmaras municipais e associações.

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A iniciativa prevê ações pra reforçar a fiscalização contra poluição sonora e perturbação do sossego alheio, crimes que estão entre as principais ocorrências atendidas pela polícia. O ...

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A iniciativa prevê ações pra reforçar a fiscalização contra poluição sonora e perturbação do sossego alheio, crimes que estão entre as principais ocorrências atendidas pela polícia. O programa inclui um protocolo de intenções entre órgãos e entidades envolvidos, com a definição de compromissos e atribuições de cada um.

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Em Itajaí, o protocolo foi assinado entre a 10ª Promotoria de Justiça e 10 instituições no dia 26 de julho e neste final de semana uma operação aconteceu na Praia Brava, com 18 motoristas multados por som alto, escapamento de motos abertos e parados em locais proibidos.

Praia Brava na mira

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Um dos focos de ação da força-tarefa é a Praia Brava, que concentra o maior número de chamadas das forças de segurança pra conter a poluição sonora. Além da fiscalização no trânsito, são previstas ações em baladas, locais recorrentes de reclamações de perturbação de sossego. “É uma região que fomenta muito a questão noturna, atraindo muitos jovens que vão à região para curtir, mas, ao mesmo tempo, é um bairro residencial. Existem inúmeras ligações para os números de emergência informando ocorrência de perturbação do sossego, todos os dias, todas as noites”, comenta o coordenador da Guarda Municipal de Itajaí, Jonata Elison Mendonça.

Ele explica que, para caracterizar o crime, não há horário. “Então, é um tipo de ocorrência que realmente movimenta muito as centrais de emergência. E, é um anseio forte da população por conta do transtorno causado”, completa. No mesmo dia da assinatura da parceria, em ação na Brava, o motorista de um carro com o som “no talo” foi barrado, multado e teve o veículo guinchado na rua Luci Canziani.

A ação foi feita pelas equipes da Polícia Militar, Codetran e Guarda Municipal, que integram o programa. O chefe da Codetran, Michel Vieira Duarte, contou que o som do carro dava para ouvir do lado de fora e o veículo ainda estava com a documentação irregular. O motorista cometeu uma infração grave, com pena de cinco pontos na CNH, além da multa.

Essas operações deverão ser mais frequentes em Itajaí com a formalização da parceria. “É comum o uso de som no carro de maneira exagerada, e sempre que flagrado é lavrado o auto de infração. Nós temos, somados, quase 200 autos de infração de janeiro até agora em Itajaí. É um volume alto”, revela.

 

Forças de segurança trabalham integradas

A Secretaria de Segurança  Pública de Itajaí assumiu o compromisso de planejar e desenvolver projetos de combate à poluição sonora, envolvendo também a Codetran e a Guarda Municipal, e com parcerias com as polícias Militar e Civil. 

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O secretário municipal de Segurança Pública, Marcelo Luiz Szynkaruk Júnior, destaca que o órgão vai ajudar todas as forças de segurança para operar os sonômetros, após receber treinamento para, junto ao MP, cumprir as medidas do programa.

Ele disse que o protocolo vai facilitar a comprovação das infrações. “A dificuldade, tanto nossa quanto das polícias Militar ou Civil, é identificar testemunhas, para que possam ir à delegacia, para que o delegado possa encaminhar ao Ministério Público para denúncia à Justiça”, ressalta.

A promotora Ariadne Klein Sartori comentou que a dificuldade existia quando os órgãos atuavam de forma isolada, se sentindo impotentes em dar uma resposta aos casos. “A partir do momento que o Ministério Público começou a articular essas ações, teve uma resposta muito positiva de todos os órgãos envolvidos, que buscavam uma resposta mais eficaz a esse problema”, avaliou.

Em Balneário Camboriú, o programa foi lançado no final de junho, com adesão de 21 instituições, a partir de iniciativa da 5ª promotoria. O maior problema na cidade é o barulho por motoristas e motociclistas, notificados por manter veículos com escapamentos abertos ou com dispositivos que aumentam a emissão de ruído.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição sonora é considerada prejudicial a partir de 55 decibéis (dB) e pode acarretar estresse na pessoa. Acima de 75 dB, o barulho pode causar lesões à saúde auditiva.

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Integrantes da parceria em Itajaí

10ª Promotoria de Justiça de Itajaí

Procuradoria-Geral do Município

Batalhão de Polícia Militar

Delegacia Regional da Polícia Civil

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Secretaria Municipal de Segurança Pública

Guarda Municipal de Itajaí

Coordenadoria de Trânsito (Codetran)

Instituto Itajaí Sustentável (INIS)

Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação

Conselho Comunitário de Segurança (Conseg)

Câmara de Vereadores

 

Comércios baderneiros poderão ser fechados

Operações ainda não dispõem de sonômetros em Itajaí (foto: ilustrativa)
Operações ainda não dispõem de sonômetros em Itajaí (foto: ilustrativa)

 

No programa em Itajaí, a promotora de justiça, Ariadne Klein Sartori, explica que foram planejadas ações em parceria com os órgãos públicos, nos locais e nos estabelecimentos com maior número de reclamações. “Será coletada a prova material, por meio dos sonômetros e realizado o encaminhamento para aplicação tanto das penas administrativas, quanto responsabilização criminal”, diz.

Por enquanto, ainda não são feitas operações com sonômetros na cidade. Os equipamentos são usados pra fazer a medição do nível de ruído de forma padronizada, que respondem ao som de maneira parecida à reação do ouvido humano.

Segundo o MPSC, os aparelhos serão recebidos pelo Instituto Itajaí Sustentável (Inis) daqui a 20 dias. Depois, os órgãos envolvidos ainda passarão por treinamento.

A 10ª promotoria também vai participar da fiscalização, na abertura de investigações e no ajuizamento de ações civis públicas, conforme o caso, visando a responsabilização dos envolvidos. Também é prevista a compra de sonômetros com recursos próprios do MP, vindos do Fundo para Reconstituição dos Bens Lesados (FRBL) ou de valores de medidas despenalizadoras.

Além de multas e apreensões, as pessoas e estabelecimentos autuados poderão sofrem punições como a suspensão ou revogação do alvará de funcionamento. A tarefa ficará a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, com base nos relatórios da fiscalização.

A cidade, por meio da Procuradoria-Geral, poderá adotar medidas administrativas e judiciais. Ao Inis caberá encaminhar ao grupo de trabalho a relação dos procedimentos administrativos abertos para a apuração de denúncias. Na Câmara, os vereadores poderão fazer projetos pra aprimorar a legislação, a fim de coibir a poluição sonora no município.






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