Economia

Sancionada lei para modernizar parque industrial brasileiro

Medida permite abatimento nos impostos de parte do valor de maquinários novos

Puxada por construção civil, indústria de SC gerou 5,9 mil vagas em abril 
(foto: João Batista)
Puxada por construção civil, indústria de SC gerou 5,9 mil vagas em abril (foto: João Batista)
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A lei que cria o programa de depreciação acelerada para a modernização do parque industrial brasileiro foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em ato com ministros, parlamentares e empresários nesta semana. A medida atende o “pedido número 1” do setor industrial pra que as fábricas possam ter investimentos e ganhar competitividade.

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Pelo programa, serão investidos R$ 3,4 bilhões na depreciação de máquinas e equipamentos, em até 2 anos, para estimular investimentos industriais. Na prática, a medida permite que empresários ...

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Pelo programa, serão investidos R$ 3,4 bilhões na depreciação de máquinas e equipamentos, em até 2 anos, para estimular investimentos industriais. Na prática, a medida permite que empresários descontem parte do valor de maquinários novos do imposto de renda que pagam como pessoas jurídicas.

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“Com a depreciação acelerada, o governo deixa de arrecadar agora, mas recupera lá na frente. Em vez de depreciar em 15 anos, deprecia em dois anos, com a tributação sendo a mesma”, explicou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

O governo também quer, com a medida, preparar o setor para a transformação digital e transição ecológica. Estudos de bancos privados e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que a iniciativa tem potencial para alavancar R$ 20 bilhões em investimentos, com reflexos no PIB e na geração de empregos.

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“O projeto vai estimular a renovação do parque fabril e industrial brasileiro, aumentando a competitividade e produtividade do setor e trazendo eficiência energética. Mais um passo no fortalecimento da indústria nacional para gerar emprego e renda”, afirmou o presidente Lula.

Parque industrial envelhecido

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) feita em 2023, mostra que o parque industrial brasileiro envelheceu e precisa de renovação. Segundo o levantamento, as máquinas e equipamentos usados na indústria hoje têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão perto ou já passaram da idade indicada pelo fabricante sobre o ciclo de vida ideal.

Em abril, a CNI, federações como a Fiesc e 74 associações industriais assinaram a Declaração pelo Desenvolvimento da Indústria, que defende uma política para a reindustrialização do país. O documento foi entregue ao governo federal, listando 10 orientações para estimular o setor, incluindo a modernização do parque fabril e a transição energética.

 

Abatimento nas máquinas compradas a partir deste ano

Lei quer estimular mais investimentos e produtividade no setor  (foto: José Paulo Lacerda/Divulgação CNI)
Lei quer estimular mais investimentos e produtividade no setor  (foto: José Paulo Lacerda/Divulgação CNI)

 

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A depreciação acelerada é um mecanismo que funciona como antecipação de receita para as empresas. Toda vez que compra um bem de capital, o empresário pode abater seu valor nas declarações futuras do imposto de renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O texto da lei autoriza a concessão de cotas diferenciadas de depreciação acelerada para máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos empregados em determinadas atividades industriais.

Em condições normais, o abatimento é feito em até 25 anos, conforme o bem vai se desvalorizando. Com a depreciação acelerada, o abatimento das máquinas compradas em 2024 pode ser feito em duas etapas: 50% no primeiro ano, 50% no segundo. Além de modernizar as fábricas, a lei vai ajudar as empresas a aumentar o fluxo de caixa e a capacidade produtiva.

 

Indústria de SC cria 5,9 mil vagas em abril

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A indústria de Santa Catarina somou 5,9 mil novas vagas em abril, ajudando na criação dos 13,5 mil empregos registrados no período pelo estado. A construção civil liderou a geração de empregos na indústria, com 2,5 mil novas vagas. O segmento de serviços segue puxando o resultado, respondendo por 7,3 mil empregos gerados. O comércio ficou no 3º lugar, com 1,9 mil vagas.

De acordo com o Observatório Fiesc, considerando os empregos industriais, o maior destaque foi a indústria da construção, com a geração de 2,5 mil vagas no mês. O dinamismo do mercado de trabalho na construção civil pode ser explicado, em parte, pela redução dos juros e pela manutenção dos custos para construir abaixo de 4% desde junho do ano passado.

“A construção de edifícios e os serviços especializados, como demolição e preparação de terrenos, foram os que mais contribuíram para a criação de postos de trabalho. Além disso, as melhores condições de crédito ajudam a aumentar a demanda por financiamentos imobiliários”, afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Considerando o saldo de vagas nos quatro primeiros meses do ano, Santa Catarina acumula desempenho positivo, com a geração de 79,9 mil empregos. Desse montante, a indústria foi responsável por 41 mil vagas, das quais 10 mil na construção civil. No acumulado de 2024 até abril, o setor de serviços criou 34 mil postos, o comércio 3,8 mil e a agropecuária cerca de mil vagas.




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