O deputado estadual Emerson Stein (MDB), ex-prefeito de Porto Belo, está entre os alvos de buscas da 5ª fase da operação Mensageiro, deflagrada pelo Gaeco durante esta segunda-feira. Entre as prisões estão as do prefeito de São João do Itaperiú, Clézio José Fortunato (MDB) e do vice-prefeito da cidade, Jaime Antônio de Souza (PL).
Nas batidas nesta segunda-feira, os policiais cumpriram quatro ordens de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, uma delas contra Emerson Stein. Em nota, o deputado informou que estava ...
Nas batidas nesta segunda-feira, os policiais cumpriram quatro ordens de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, uma delas contra Emerson Stein. Em nota, o deputado informou que estava trabalhando normalmente pela manhã e afirmou “compromisso com a transparência e a ética em todas as ações”.
“O deputado Emerson Stein esclarece que ainda não está sob posse dos autos e acredita que logo deve se inteirar do processo. Contudo, ressalta que desde já está cooperando com toda e qualquer investigação”, diz o esclarecimento divulgado pela assessoria.
Durante a operação, foram presos o prefeito e o vice-prefeito de São João do Itaperiú, na região do Vale do Rio Itapocu, com batida na prefeitura. “Durante o cumprimento da ação, a administração municipal esteve colaborando com os agentes na entrega de documentos e aparelhos eletrônicos”, diz nota oficial do município.
“O prefeito Clézio José Fortunato declara que está tranquilo com a resolução do caso e disposto a colaborar nos próximos passos da investigação”, completa. As ordens de prisão e de buscas, segundo o Ministério Público, estão ligadas a crimes em duas cidades catarinenses, São João do Itaperiú e Porto Belo, com apreensões de documentos nas prefeituras. Uma das ordens de prisão preventiva foi cumprida no estado de São Paulo.
Foram alvo dos mandados judiciais agentes públicos e privados e órgãos públicos envolvidos em contratos de serviços de água e iluminação pública. Inicialmente, a operação Mensageiro começou com investigações sobre contratos de serviços de coleta de lixo e fraudes em licitações. Em diferentes fases, a operação somou 22 prefeitos presos, alguns já respondendo em liberdade.
“Após mais um ano de análise das evidências coletadas, da realização de novas diligências investigativas e com a oitiva de diversas testemunhas e investigados, foi identificada a possibilidade da prática de novos crimes envolvendo, dessa vez, a prestação de serviços de abastecimento de água e de iluminação pública em dois municípios catarinenses”, informou o MP.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prestou apoio no cumprimento das buscas. Segundo o MP, a apuração ainda corre em sigilo, por determinação judicial. A operação Mensageiro ocorre desde 2022 e apura esquemas de fraudes em licitações, crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro em serviços de coleta de lixo, abastecimento de água e de iluminação pública em diversas regiões de SC.
Porto Belo
Em nota, a prefeitura de Porto Belo confirmou que recebeu na manhã desta segunda-feira, no Centro Administrativo, agentes do Gaeco na investigação da nova fase da Operação Mensageiro. Segundo o município, na cidade a investigação é referente a contratos do serviço de água com o grupo Serrana.
No Centro Administrativo, os policiais buscaram informações referentes a contratos feitos no ano de 2021, quando a empresa assumiu o serviço. Na época, Emerson Stein era o prefeito. Ele municipalizou o serviço de água após o fim do contrato com a Casan e contratou sem licitação a nova empresa para tocar o sistema.
A nota informa que o governo municipal está à disposição pra colaborar com a investigação, sob sigilo de justiça. “O prefeito Joel Lucinda, que assumiu o governo de Porto Belo em 2022, ressalta que segue acompanhando o processo que em Porto Belo, especificamente, está relacionado com a Empresa de Abastecimento de Água”, diz o esclarecimento.
Sobre o serviço, a prefeitura adiantou que já trabalha na elaboração de estudo que aponte a melhor forma de garantir o tratamento e o abastecimento de água na cidade. Também estaria em estudo a implantação do saneamento básico. “Destacamos que todo o processo de análise do novo formato a ser estabelecido foi supervisionado pelo TCE/SC”, informa.