Os bloqueios no trecho foram implantados de modo preventivo em dois pontos da rodovia, um no km 229 Sul (pista sentido Porto Alegre) e outro no km 236 Norte (pista sentido Curitiba). A concessionária orienta os motoristas para que evitem pegar a rodovia em direção ao trecho interditado e utilizem rotas alternativas. O desvio entre SC e RS pela serra catarinense é de quase 600 quilômetros e leva oito horas e 40 minutos de carro.

Pra quem já estava parado na fila foi criado um desvio. Após dois dias de interdição a fila no Morro dos Cavalos chegou a 19 quilômetros no sentido sul no final da tarde de segunda-feira, entre os km 210 e 229. Já no sentido norte são oito quilômetros de trânsito parado, entre os km 244 e 236. Além do deslizamento de terra, a rodovia também sofreu um afundamento de pista no trecho do km 233, gerando bloqueio nos dois sentidos.

PRF distribuiu água e comida

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Defesa Civil percorram os quilômetros de filas provocadas pelo bloqueio distribuindo água mineral, frutas e alimentos de consumo rápido na tarde de segunda-feira.

Entre as pessoas trancadas na rodovia estava um grupo de turistas argentinos. Sensibilizados com a situação do grupo, a PRF conseguiu que eles embarcassem em outro ônibus e retornassem para Balneário Camboriú com escolta dos patrulheiros.

ROTAS ALTERNATIVAS

• Pista sentido Porto Alegre (sul)

- No km 215 da BR 101, acesse a BR 282. Em seguida, dirija até Lages, quando poderá acessar a BR 116 e prosseguir até Caxias do Sul (RS). Na sequência, acesse a BR 453 e dirija até Terra de Areia (RS), quando poderá voltar à BR 101.

• Pista sentido Curitiba (norte)

- Acesse a BR 453 em Terra de Areia (RS), siga até Caxias do Sul (RS), quando poderá usar a BR 116. Depois, dirija pela BR 116 até Lages, na sequência acessando a BR 282 até Palhoça, quando poderá acessar a BR 101.

Chuvarada afeta tratamento de água

O Semasa informou que a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Limoeiro, em Itajaí, teve de ser paralisada novamente no início da tarde de segunda-feira. O motivo foi a alta turbidez registrada no ribeirão Mineral, provocada pelo alto volume de chuva, impossibilitando o tratamento. Não foi repassada previsão de retomada das atividades.

No momento do aviso, às 12h11, não tinha registro de falta d’água ou baixa pressão, mas o reservatório estava abastecido com apenas 25% da capacidade total. “É indispensável que os moradores pratiquem o consumo consciente. A recomendação é de que atividades não essenciais sejam adiadas”, orientou a autarquia.

A ETA do Limoeiro tinha retomado as operações por volta das 8h, após 25 horas de paralisação. O aumento da turbidez, no entanto, fez a estação voltar a parar o tratamento no final da manhã. As operações nas estações do São Roque e Arapongas seguiram normalmente pela manhã, com produção de água tratada suficiente para suprimento da demanda de consumo de Itajaí e Navegantes.

Até às 8h, mesmo após as fortes chuvas, a turbidez no rio Itajaí-Mirim apresentava níveis que permitiam a continuidade no tratamento de água. O Semasa segue monitorando a situação nos pontos de captação. O cenário pode mudar caso ocorra aumento dos níveis de turbidez no rio por causa das chuvas que vão continuar até quarta-feira.

Nova frente fria traz mais chuva

A Defesa Civil de Itajaí está em estado de atenção para as chuvas. Até segunda-feira não foram registradas ocorrências, mas a coisa está feia nas rodovias federais. “Seguimos em atenção para alagamentos pontuais e principalmente o risco de deslizamentos devido à previsão de chuva persistente até amanhã [terça-feira]”, informou o coordenador de prevenção, Marinho Stringari.

A chance de chuva persistente e volumosa vale entre a madrugada e a manhã de quarta-feira na região. São esperados volumes acumulados de até 200 mm até esta terça-feira, com totais pontuais podendo passar dos 250 mm em alguns locais. No acumulado em 48 horas até o meio dia de segunda-feira já tinha chovido 80 mm, com volume pontual maior – de 95 mm – na Murta.

Em quatro dias, até domingo, choveu 101 mm em Itajaí, no bairro Itaipava, conforme dados do Laboratório de Climatologia da Univali. Em Camboriú, na divisa com Brusque, o volume foi de 159 mm. Em Balneário Camboriú, na estação de Laranjeiras, choveu 73 mm. Em Brusque, o acumulado foi de 130 mm e de 186 mm em São João Batista, uma das cidades mais castigadas pela chuva no estado.

O tempo chuvoso persiste na região até a madrugada de quarta-feira devido à formação de uma nova frente fria na terça-feira, atingindo primeiro a região Oeste e avançando pelo estado ao longo do dia. A Defesa Civil alerta que a chuva pode ser intensa e vir acompanhada de temporais, raios, granizo e vendaval. Na região de Itajaí, o risco é moderado para casos de alagamentos.

As condições antecedem a chegada de uma massa de ar polar, com a volta do sol na quarta-feira à tarde e a queda nas temperaturas à noite. As temperaturas mínimas ficarão entre 15 e 17 graus na região a partir de quinta-feira. O céu, ainda com alguma nebulosidade, deve ficar com predomínio do sol ao menos até a próxima terça-feira.

Pista afetada por pedra é desbloqueia

A estrada do Caetés, em Camboriú, ficou trancada devido ao deslizamento de uma pedra gigante no final da tarde de domingo. A ocorrência foi na subida da estrada, perto do mirante, e deixou a rua fechada por horas. A secretaria de Obras e a Defesa Civil trabalharam no local com máquinas pra retirar a pedra e liberar o tráfego.

A Defesa Civil de Camboriú continua de plantão para outras ocorrências relacionadas às chuvas, considerando que o tempo vai continuar feio até terça-feira. Em caso de emergência, os moradores podem ligar para o 199 ou enviar mensagem para o WhatsApp no telefone (47) 93505-2005.