A delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí apreendeu as embarcações “Piratas do Porto” e “Barba Negra IV”, da empresa Piratas do Porto, de Bombinhas, por falta do Cartão de Tripulação de Segurança (CTS), documento obrigatório pra operação. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público.
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A empresa é a mesma dona do “Pérola do Caribe”, escuna de passeios turísticos que afundou na praia de Morrinhos em fevereiro, sem passageiros, e que perdeu o certificado de navegação até ...
A empresa é a mesma dona do “Pérola do Caribe”, escuna de passeios turísticos que afundou na praia de Morrinhos em fevereiro, sem passageiros, e que perdeu o certificado de navegação até que possa voltar a ter condições operacionais. O naufrágio é investigado, e a empresa foi notificada pra fazer o plano de reflutuação.
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Segundo a Marinha, as apreensões dos dois barcos aconteceram depois de diversas inspeções navais na região de Zimbros, em Bombinhas, ao longo de 2023 e no primeiro bimestre de 2024. No período, foram verificadas no exercício das atividades da empresa “sucessivas situações que atentam diretamente à segurança da navegação”. “Notou-se, em sua grande maioria, a ausência ou descumprimento do Cartão de Tripulação de Segurança (CTS), documento hábil e obrigatório que define a quantidade mínima de tripulantes, associada a uma distribuição qualitativa para operar a embarcação com segurança”, informou a Capitania dos Portos através de nota.
A Marinha ainda lembrou o caso do naufrágio parcial do barco “Pérola do Caribe”, cujas causas e responsabilidades seguem em fase de apuração no inquérito naval.
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A apreensão de uma embarcação é medida administrativa prevista na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário, sendo formalizada por meio da lavratura de um auto de apreensão e da colocação de um lacre, pelo qual o inspetor naval se certifica de que o barco ficará fora de tráfego até que sejam solucionadas as irregularidades. O lacre só pode ser retirado com autorização do órgão responsável.
Em Bombinhas, a capitania relatou que, recentemente, houve a necessidade de recolocação de lacre em três ocasiões de apreensão. Todas as informações da Marinha foram repassadas ao Ministério Público. A empresa não retornou os contatos da reportagem até o fechamento da matéria.