BALNEÁRIO CAMBORIÚ

MP abre ação contra Emasa por despejo de esgoto in natura

Promotoria cobra cumprimento de sete itens de Termo de Ajustamente de Conduta (TAC) firmado em 2022

João Batista [editores@diarinho.com.br]

Falta de tratamento fez esgoto bruto ser jogado no rio, diz promotor (Foto: Arquivo/Divulgação)
Falta de tratamento fez esgoto bruto ser jogado no rio, diz promotor (Foto: Arquivo/Divulgação)

A 5ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú entrou com ação de execução judicial do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que obrigava a Emasa a fazer adequações na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Nova Esperança. Segundo o MP, a autarquia descumpriu etapas previstas no acordo, assinado em 2022 justamente pra evitar a judicialização do caso.

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Na ação, a promotoria requer o cumprimento integral do acordo e adequação da ETE às normas ambientais. O processo está sob análise da Vara da Fazenda Pública. A promotoria também pediu ...

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Na ação, a promotoria requer o cumprimento integral do acordo e adequação da ETE às normas ambientais. O processo está sob análise da Vara da Fazenda Pública. A promotoria também pediu à delegacia de polícia a abertura de inquérito para apurar a responsabilidade de gestores ou técnicos da Emasa no despejo de esgoto in natura no rio Camboriú.

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“O Ministério Público está atento a todo o problema envolvendo a estação de tratamento de esgoto de Balneário Camboriú, e estamos envidando todos os esforços para responsabilizar e minimizar o impacto sobre o rio Camboriú e a orla de Balneário”, afirmou o promotor Isaac Sabbá Guimarães.

A poluição do rio por esgoto bruto é alvo de denúncias de moradores. Segundo o MP, antes de se encontrar com o mar, o rio Camboriú vem recebendo o despejo do esgoto doméstico.

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O site da Emasa mostra que a ETE tem capacidade de tratar 600 litros de esgoto por segundo, chegando a 900 litros nos horários de pico. “Porém, sem tratamento adequado, os dejetos acabam indo para o rio”, acredita a promotoria.

O promotor lembra que em agosto de 2023, com o TAC já em andamento, a promotoria foi procurada pela Emasa para informar que a manta de impermeabilização da lagoa de decantação tinha rompido e que a solução seria o despejo in natura do esgoto. “O MPSC se posicionou contrário ao tipo de resolução proposta”, informa.

A Emasa contratou na época uma empresa para fazer o reparo, mas não teria dado tempo para vedar a lagoa de tratamento. A consequência da obra, conforme destacou o MP, é que grande parte do esgoto está sendo despejada sem ser tratada, causando danos ambientais.

 

Acordo da ETE

Itens descumpridos

Iniciar as obras do novo tratamento preliminar da ETC

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Formalizar o pedido de Licença Prévia Ambiental para os tanques de aeração de concreto de tratamento terciário

Entregar ao IMA estudos para melhoria do tratamento preliminar quimicamente avançado

Iniciar a operação de três decantadores na ETE

Manter a operação dos três decantadores existentes

Instalação do sistema adicional de desidratação mecanizada

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Analisar o lodo existente nos “bags” preenchidos até setembro de 2022

 

Itens dentro do prazo

Fazer as adequações para que a ETE opere conforme a legislação vigente

Entrar com pedido de licença ambiental junto ao IMA

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Recuperar os danos ambientais causados pelo lançamento irregular do esgoto por meio do Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad)

 

Etapas de melhorias na ETE

Obras no novo tratamento preliminar, pedido de Licença Ambiental Prévia (LAP) para os tanques de aeração de concreto armado

Estudo para melhoria no tratamento preliminar quimicamente avançado, operação de três decantadores, sistema adicional de desidratação mecanizada

Análise do lodo já existente nas chamadas “bags” (bolsas de desidratação de lodo)

Uma vez por mês Emasa deve apresentar relatório com cumprimento das etapas do TAC (Foto: Divulgação)

 

Sete obrigações não foram cumpridas no acordo

Segundo a 5ª Promotoria de Justiça, de 19 itens do acordo, sete não foram cumpridos e agora estão sendo judicializados. Algumas das obrigações já deveriam ser cumpridas em 2022 e 2023. Diante do descumprimento, a promotoria ajuizou a ação de execução do TAC, obrigando a autarquia a cumprir os pontos pendentes. Outros compromissos do acordo ainda estão dentro do prazo estipulado.

As medidas consistem em melhorias nas etapas nos tratamentos prévio, secundário e terciário de todo o sistema da ETE. Até o dia 1º de maio, a Emasa deve iniciar a operação do sistema reformado com, pelo menos, dois tanques de aeração. E até 1º de novembro, a obrigação é de operação em 100% do novo sistema de tratamento.

Pelo acordo, a autarquia deve apresentar relatório das etapas cumpridas uma vez por mês ao MPSC e de dois em dois meses ao Instituto de Meio Ambiente (IMA), órgão licenciador das obras.

Em nota, a Emasa afirma que o TAC está sendo cumprido. A autarquia informou que prestou esclarecimentos no dia 5 de fevereiro de 2024 à Vara da Fazenda Pública, justificando o cumprimento do acordo, em resposta à ação do MP, protocolada em dezembro de 2023.

“A Emasa informa ainda que está atenta ao cumprimento do TAC firmado com o MP, e que nunca se absteve de prestar as informações cabíveis quando solicitada, estando sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários”, completa o comunicado.




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