A confusão começou com uma discussão na avenida João Acácio Simas, conhecida como Transluzia, que liga o distrito Monte Alegre ao Rio do Meio. Após discutirem no trânsito, os dois pararam no posto de combustíveis.
A briga envolveu Euclides Vieira, de 35 anos, que morreu após levar um tiro, a mulher, que foi autora do disparo por arma de fogo, o marido, os três filhos e o genro.
As imagens mostram um Gol bordô na área de estacionamento do posto. Neste veículo está o genro e a filha da mulher. Em seguida, um Gol amarelo para ao lado e o motorista, Euclides, desce. Um homem de camisa verde, que está com o veículo na bomba de abastecimento, se aproxima – seria o marido da autora.
Segundo testemunhas, há uma discussão entre as partes e ameaças. O pai da família, que vestia camisa verde, aparece com uma chave de mecânica e ameaça Euclides, que teria dito que voltaria para acertar as contas. A mulher dá alguns tapas no carro e, segundo testemunhas, teria dito que ficaria “esperando por ele”.
Euclides deixa o posto com o carro amarelo. O casal que estava no bordô sai do estabelecimento e segue na direção oposta.
10 minutos depois
No intervalo de 10 minutos, até os dois carros voltarem, um Fiat Weekend branco, onde estava a mulher, o marido e dois filhos, aguarda no estacionamento. A filmagem mostra a mulher conversando com alguém por ligação.
Exatamente 10 minutos após a primeira briga no posto, o Gol bordô chega. A moça desce do veículo com uma mochila e entrega à mãe. A mulher mexe na bolsa, segue em direção ao carro e parece tirar algo de dentro. Testemunhas relataram, em depoimento, que viram as duas mexendo em um saco plástico, onde estaria a arma.
Euclides chega ao posto na garupa de uma moto portando um facão. Ele desce em direção a um dos homens. Com a arma branca, ele consegue acertar pai e filho. A mulher, com a arma em mãos, atira contra Euclides. Ele cai e é espancado pelos seis.
A mulher que efetuou os disparos aparece sendo contida pela filha, enquanto os homens e a outra menina estão em volta da vítima. Alguns minutos depois, a mulher que atirou pega o capacete da vítima e acerta a cabeça de Euclides.
Ninguém que estava por perto se mete na briga para separar até que um homem de chapéu se aproxima. No mesmo instante, uma mulher coloca o carro entre os agressores e a vítima para parar a confusão.
Segundo testemunhas, alguém informou que estaria acionando a polícia, e a família deixou o estabelecimento nos dois carros.
Acusada responde por crime em liberdade
Segundo relato da Polícia Militar, pai e filho que foram atingidos pelo facão receberam atendimento no hospital de Camboriú. Euclides foi levado baleado para o hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Ele morreu na noite de segunda-feira, 20 de novembro.
A mulher que fez os disparos chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada para responder pelo crime em liberdade após alegar legítima defesa. Em depoimento, ela ficou em silêncio. O Ministério Público, segundo o delegado Saverio Sarubbi, pediu recentemente novas diligências à Polícia Civil, que serão cumpridas pela delegacia de Camboriú. O delegado informou que os vídeos das câmeras de segurança ainda não aparecem anexados ao inquérito policial, mas como ele está de licença da delegacia, só poderá confirmar a informação em seu retorno ao trabalho.