Repercute nas redes sociais um vídeo que mostra um atleta profissional de hipismo e auxiliares batendo em um cavalo dentro do Joinville Country Club, em Joinville. Nas imagens, o cavaleiro, que também é professor e filiado à Federação Catarinense de Hipismo, está de capacete e camiseta azul. Ele bate nas pernas do animal com uma pá.
Um auxiliar também aparece batendo no animal. Ao final da gravação, um terceiro homem, que puxava o cavalo, também passa a empurrar o animal, que resistia a entrar numa espécie de baia. Um dos homens ...
Um auxiliar também aparece batendo no animal. Ao final da gravação, um terceiro homem, que puxava o cavalo, também passa a empurrar o animal, que resistia a entrar numa espécie de baia. Um dos homens é o tratador e o outro o veterinário, funcionários do clube.
A sessão de maus-tratos ganhou as redes sociais na quarta-feira e foi denunciada pela ONG Abraço Animal, que expôs o nome do clube, do atleta e do patrocinador dele, cobrando responsabilidade de todos os envolvidos. O cavaleiro retirou o perfil que tinha no Instagram após a repercussão.
A ONG destacou que o animal foi espancado nos jarretes, parte das pernas atrás dos joelhos, que é onde mais dói e a que menos forma hematomas. A entidade apontou que, além da agressão física, o cavalo também foi amedrontado.
Em nota oficial nesta quinta-feira, o Joinville Country Club esclareceu que “respeita o bem-estar dos animais e não compactua com os atos praticados”. “Os responsáveis estão impedidos de ingressar no clube e as medidas cabíveis já foram tomadas”, informou.
Conforme a ONG, o clube afastou os dois funcionários e proibiu a entrada do cavaleiro nas dependências da instituição por 90 dias. Ele é sócio patrimonial do clube e, por isso, não poderia ser expulso. “Esperamos que o clube entenda que, caso nenhuma medida mais séria seja aplicada, mostra a conivência do clube com esses atos”, apontou a ONG.
Também em nota, a Federação Catarinense de Hipismo informou que abriu um procedimento administrativo e ainda encaminhou o fato para apuração de órgãos competentes. De acordo com a entidade, a agressão “de forma covarde” pode resultar na suspensão liminar do atleta e pagamento de multa.
A empresa patrocinadora rompeu a parceria com o atleta e publicou nota de repúdio aos maus-tratos. “O comportamento exibido pelo indivíduo em questão vai contra tudo que acreditamos e defendemos”, ressaltou.