O morador de Balneário Camboriú W. fez uma denúncia contra a Casa da Família por ter sido tratado “como marginal” e colocado para fora por seguranças enquanto tomava café na segunda-feira passada.

De acordo com o denunciante, ele frequenta o local há algumas semanas, onde faz aulas de violão e hip hop. Na segunda, foi tomar café da manhã na Casa da Família, quando os seguranças o abordaram e o expulsaram, relata. Ele diz que foi proibido de frequentar o espaço e chamado de “marginal”, sendo tratado como criminoso.

“Eu cheguei pelas 7h, pedi autorização para tomar café e eles deixaram. Quando eu estava com o café na mão, eles me pararam, falaram que eu era ‘bem esperto’, pediram para chamar a polícia, depois chamaram a segurança. Eu conversei com a segurança, algumas pessoas até falaram que eu estava fedendo, que eu tinha olhar de psicopata. Eu não entendi nada, por isso fiz um boletim de ocorrência”, explica o homem.

João Passos, diretor-geral da Secretaria de Inclusão de BC, afirmou que o homem faz uso de remédio controlado e pode se tornar agressivo. “Ele chegou na casa por volta das 4h, foi agressivo com as recepcionistas, e, como não tinha nada programado para o dia, o pessoal estranhou”, relata o diretor.

Passos acrescenta que a Casa “não costuma abandonar ninguém” e por isso a equipe de Bem-Estar da Família foi até a casa de W., falou com a mãe dele pra entender a situação. A mulher teria inclusive agradecido o suporte. W. já teria voltado à Casa da Família para pedir desculpas.