Indústria
Hering demite 70 funcionários em Blumenau
Setor ainda sofre com anúncio de demissão em massa na Coteminas
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Após o anúncio de demissão em massa na fábrica da Coteminas, em Blumenau, nesta semana foram denunciados cortes de pessoal na Cia. Hering. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 70 trabalhadores da empresa foram desligados. Sem confirmar a quantidade, a companhia explicou que as demissões ocorrem em adequação à “sazonalidade da indústria”.
As demissões na Hering, em Blumenau, foram no início da semana. Entre os funcionários mandados embora, segundo o sindicato, estão trabalhadores que haviam protestado em maio pela falta de recebimento no Programa de Participação de Resultados. Na ocasião, houve acordo para pagamento após a mobilização. Nesta semana, relatos de demissões movimentaram grupos de funcionários e de representantes do setor.
Em maio, a empresa já havia ganhado o noticiário com a demissão coletiva de funcionários e fechamento da unidade em Paraúna, no estado de Goiás, onde a Hering tinha fábrica desde 2011. O encerramento das atividades, segundo a companhia, foi por necessidade de reestruturação da operação industrial, adequando a produção às mudanças na demanda.
Em Blumenau, os cortes de pessoal foram em adequação à sazonalidade da indústria, acompanhando a rotatividade habitual do negócio, conforme nota da empresa. O comunicado explica que todos os direitos dos trabalhadores serão respeitados. “A empresa reitera a importância de Blumenau – referência nacional no setor têxtil – para seu modelo de negócio, especialmente nesse momento desafiador do varejo de moda e da indústria têxtil”, considerou.
Coteminas
Os trabalhadores do setor vivem um momento de preocupação com novas demissões. Na semana passada, a Coteminas anunciou um corte de 700 funcionários na unidade da empresa em Blumenau, que emprega cerca de 1,2 mil pessoas.
A empresa, que é a primeira parceira brasileira da gigante chinesa Shein pra produção de roupas no país, explica que está implantando um “novo modelo de trabalho” com novos equipamentos industriais que exige adequação de pessoal.
O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial tenta reverter a decisão. Nesta semana, a Procuradoria notificou a Coteminas com recomendação pra que não haja dispensa coletiva sem prévia negociação com o sindicato.