Um morador de Balneário Piçarras de 50 anos foi preso por engano na noite de segunda-feira e levado para o complexo prisional da Canhanduba, em Itajaí. Ele foi alvo do cumprimento de ordem de prisão pela Polícia Militar, mas a autorização judicial tinha dados errados sobre a identificação. O verdadeiro criminoso segue foragido da justiça, condenado a mais de sete anos de prisão por crime de estupro.

A vítima do engano, Valdecir da Silva, conhecido como Baixinho em Piçarras, ficou presa por 24 horas em Itajaí até conseguir provar o erro no sistema do judiciário por meio da atuação de um advogado. A prisão dele foi noticiada em postagem da PM, mas a publicação foi removida após o erro ser confirmado. Em esclarecimento na quarta-feira, a PM de Piçarras explicou que no dia seguinte à prisão foi constatado que o mandado judicial estava errado.

A nota destaca que o engano ocorreu no documento e não na conduta dos policiais que executaram a ordem da justiça. “A atuação dos policiais foi pautada na legalidade e respaldada pelas informações contidas no mandado, como nome da mãe, data de nascimento e CPF, que conferiam com os dados do abordado”, esclareceu.

A PM ainda ressaltou que a hipótese de homônimo foi descartada, visto que o CPF é um documento único e individual. “A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a sociedade em promover a segurança pública com respeito aos direitos individuais e coletivos”, completou. A defesa do morador prepara uma ação por danos materiais e morais ao Estado devido às consequências negativas do erro.

O verdadeiro criminoso é procurado pela polícia. O mandado de prisão contra ele foi emitido em 28 de abril informando que ele estaria morando em Itajaí. O crime de estupro foi cometido em Abelardo Luz, em 2000. A sentença é de sete anos de prisão. Da condenação, falta o cumprimento de quase dois anos de reclusão.