Itajaí

Empresário mostra quarto onde esposa foi assassinada

Marido não consegue mais ficar na casa onde rolou a tragédia sozinho, e diz que não entende por que tiraram a vida de sua mulher

    O empresário J.P.D., 35 anos, não consegue disfarçar a dor quando fala da tragédia que tirou a vida de sua mulher. P.C.M., 26, foi assassinada na madrugada de domingo, durante um assalto em sua casa, no bairro Jardim Iate Clube, em Balneário Camboriú. Desde então, ele não consegue ficar sozinho. “Os anos que vivi com ela foram os melhores da minha vida”, diz. Ontem, ele mostrou o quarto onde tudo aconteceu, e reviveu o momento em que soube que sua companheira tava morta. “Tudo o que eu quero é justiça”, afirma. P. e J. se conheceram em Navegantes. A moça, formada em Jornalismo, tinha vindo de Cascavel, no Paraná, pra viver na Santa & Bela. Os dois começaram a namorar em 2006, e casaram em maio do ano passado. “A Pamela era uma pessoa muito alegre, era uma grande companheira”, diz o marido. No último sábado, o casal tinha ido à casa de amigos no bairro da Barra junto com a mãe de Pamela, que tinha vindo pra Balneário visitar a filha. J. não imaginava que seriam seus últimos momentos com a esposa. Ele conta que na volta, pela 1h da manhã, Pamela parou o carro em frente ao portão e ele desceu pra segurar seus dois cachorrinhos, pra que não fugissem. Foi quando viu o primeiro bandido. “O cara tava com um moletom, veio andando devagarzinho, e quando chegou perto de mim tirou uma pistola”, revela. Um segundo assaltante pintou na área, e mandou que Pâmela, a mãe e o marido entrassem dentro da casa. Eles foram obrigados a ficar agachados, num cantinho da sala, com uma arma apontada pras suas cabeças. Outro membro do bando ficou de butuca no lado de fora. Durante o atraque, os bandidos colocaram capuzes pra não serem reconhecidos. Um dos trastes esvaziou a carteira de J. e pediu mais dinheiro. “Eles perguntavam onde tava o cofre, mas nós nunca tivemos cofre nenhum”, afirma o rapaz. Um dos bandidos subiu as escadas e revirou os quartos atrás da grana, mas não achou nada. Então, desceu novamente e obrigou Pamela a acompanhá-lo. A moça entregou a ele 1,2 mil dólares, que tavam guardados no quarto. As lembranças do que rolou na sequência ainda deixam J. muito abalado. “Nós só ouvimos um tiro lá embaixo. Não teve um grito, nada. Depois o assaltante desceu. O bandido que tava comigo e minha sogra perguntou o que ele tinha feito, e ele respondeu que teria que apagar nós dois também”, conta. O empresário chegou a pensar que também seria morto. Mas os coisas-ruins resolveram ir embora. “Ficamos eu e minha sogra uns dois minutos quietos, virados de costas pro lugar onde eles tavam. Não estávamos ouvindo mais barulho nenhum, então achamos que eles tinham saído”, diz J. Os olhos dele enchem de lágrimas quando lembra o que viu quando chegou ao quarto. A jornalista tava deitada em meio a uma poça de sangue, junto da porta do closet. As marcas da tragédia ainda tão no chão. “Quando vi onde o tiro tinha pegado e senti que ela não tinha mais pulso, senti que já não tinha mais jeito”, afirma. Tentando se reerguer J. foi até Cascavel, pro enterro da esposa, e depois voltou pra casa. Ele não tem conseguido ficar sozinho. “Às vezes vem meu pai vem pra ficar comigo, outras minha mãe. Não dá pra ficar aqui, as lembranças são muito fortes”, comenta. Nos últimos tempos, o casal tava planejando ter um bebê, e chegaram a fazer uma tentativa de fertilização. “Foi em dezembro, mas infelizmente não deu certo”, contou o marido. Ele diz ter encontrado forças na religião pra seguir em frente. “Vou tentar procurar ser feliz de novo, por ela”, diz.. Nada de jogatina O empresário fez questão de esclarecer que não trabalha com máquinas caça-níqueis. A suspeita pintou porque a polícia disse ter achado placas-mãe na casa dele, enquanto atendia a ocorrência de assalto seguido de morte. Ele disse que já teve negócios com papa-trouxas, mas na época em que eram legalizadas. Hoje, tem máquinas de fliperama espalhadas pela região. As placas achadas pela polícia ainda tão num dos quartos da casa dele. A atividade é permitida por lei. BB/OP      

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