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Casos e ocasos

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Rosan da Rocha é catarinense, manezinho, deísta, advogado, professor e promotor de Justiça aposentado. Sem preconceitos, é amante da natureza e segue aprendendo e conhecendo melhor o ser humano

Mais do mesmo


Mais do mesmo

Nos dias atuais, pegou moda enaltecer a normalidade e, ainda mais, as obrigações de cada indivíduo. É aquela tal história em que, ao apresentar uma pessoa para alguém, se referem ao apresentado como uma pessoa honesta, educada, fiel, verdadeira e por aí vai, como sendo grandes virtudes. Não deixam de ser qualidades morais que moldam o caráter e o comportamento ético de uma pessoa, mas nenhuma extraordinariedade há, pois é o que todo indivíduo deve ser para bem viver em sociedade.

É como você ler em um currículo do candidato a vaga de emprego, e nele o cidadão mencionar suas qualidades morais. Ora, é o mínimo que se espera.

A pessoa deve, sim, é expor suas qualidades profissionais, conhecimentos e experiências como algo que exceda o esperado.

E o mesmo se deve esperar dos políticos, mormente daqueles que estão no executivo. Muito se vê governadores e prefeitos fazendo propagandas, destacando qualidades de feitos que nada mais são do que a obrigatoriedade do cargo que ocupa. Reformar ou dar manutenção em escolas municipais de educação infantil e ensino fundamental; ter transporte escolar, ofertar merenda; cuidar da saúde básica, saneamento, coleta de lixo, transporte público; dar manutenção em ruas, praças, iluminação pública; cuidar do meio ambiente e patrimônio público; fazer planejamento urbano, ter transparência, prestar contas, administrar bem o orçamento municipal e cumprir as leis fiscais são funções essenciais e obrigação de todo (a) prefeito(a). Aqui na região, se vislumbra, todos os dias, prefeito(a) se vangloriando de atitudes básicas, de feitos que não trazem nada de especial que comprove uma ótima gestão. Não há uma reforma administrativa exemplar que contenha eficazmente gastos públicos, tampouco construção de algo inovador que demonstre um crescimento socioeconômico da cidade favorecendo, principalmente, os mais necessitados. Quando há, aparece sempre através da iniciativa privada, isso quando o poder público não atrapalha ou faz vistas grossas para as irregularidades de quem aqui chega a fim de ganhar muito dinheiro às custas da destruição ambiental.

É sempre a mesma coisa. Compra e distribui uniforme de alunos, faz buraco pra passar o cano do esgoto ou água pluvial, pinta um muro, diminui uma fila de espera na saúde, realiza uma reunião cobrando empenho dos funcionários ou assina um alvará para autorização e licença de um grande empreendimento privado, é tudo postado nas redes sociais como um feito fora do comum. Mas é, na verdade, mais do mesmo.

Deveria sim, no mínimo, pegar seu plano de governo e as promessas que fez na campanha, enumerá-las e conferir se o que prometeu está sendo cumprido, mostrando para a sociedade que o(a) elegeu. E não vem com aquelas frases enfadonhas: “os outros prefeitos não fizeram” ou “eu estou fazendo melhor”. Ser prefeito(a) olhando para os antecessores, sempre desmerecendo ou se comparando a eles, apenas demonstra um transtorno psicológico que alimenta sentimento de inveja, baixa autoestima, inferioridade e insegurança. Faça algo novo ou mude significativamente o que já existe e será muito bem reconhecido(a) como um(a) ótimo (a) gestor(a).


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