A atuação horrível do Marcílio Dias no último sábado, em Ijuí (RS), serve de lição para o elenco. A derrota por 3 a 0 para o São Luiz foi merecida pelo fraco desempenho da equipe no interior gaúcho. Apesar do gramado ruim e da falha do goleiro Anderson logo aos quatro minutos, que colocou a equipe em desvantagem desde o início, nada justifica tamanha passividade e falta de nível técnico do time, que vinha de quatro vitórias seguidas e em constante evolução. Acho que os jogadores aprenderam, de forma até dolorosa, que não existe jogo fácil na Série D. Todas as vezes que entrou desatento, o Marcílio saiu atrás no placar rapidamente, contra São Luiz, Barra e Guarany. Apenas no jogo em Bagé foi possível correr atrás do empate. Em uma situação de mata-mata, 15 minutos de desatenção custam uma eliminação. A situação na tabela ainda é confortável, com uma distância de cinco pontos para o quinto colocado, que agora virou o próprio São Luiz. Se vencer o Brasil de Pelotas no sábado, em Itajaí, o Marcílio encaminha a classificação e se mantém no pelotão de frente brigando pelas primeiras posições. Porém, o Xavante já deu o recado neste domingo. Mesmo lanterna, venceu o líder Joinville e quebrou a sequência negativa. Com mais uma tarde inspirada do goleiro Gabriel, o Brasil mostrou que pode complicar a vida do Marcílio em Itajaí, se o Marinheiro entrar em campo achando que vai ganhar a hora que quiser. Vai ser preciso muita concentração desde o primeiro minuto e o apoio da torcida em todos os momentos do jogo, mesmo que esteja difícil de entrar na defesa adversária.

Precisa contratar

Precisa contratar

A outra lição que fica do jogo de Ijuí é pra diretoria. O Marcílio precisa urgentemente contratar um lateral esquerdo e um meia armador para a sequência da Série D. Rafael Farias assumiu recentemente o departamento de contratações do clube, mas o campo mostra a necessidade de ser ágil no mercado. Com a saída de Felippe Borges, o Marcílio ficou apenas com Marquinhos Pedroso para a lateral esquerda, e em dois jogos ele já mostrou muita dificuldade em acompanhar o ritmo da Série D. Já o jovem Luis Fabiano tem qualidade, mas ainda falta experiência para jogos mais “cascudos” como foi o último. O Marinheiro precisa de um camisa 10 que tenha essa vivência no futebol, que saiba controlar o ritmo da partida e chamar à responsabilidade quando o time está sendo dominado pelo adversário.