Coluna Acontece SC
Por Ewaldo Willerding - ewaldo.willerding@gmail.com
Ewaldo Willerding é jornalista formando pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atua há 36 anos na imprensa de Florianópolis
João Rodrigues quer ser governador
Embalado pela reeleição com mais de 80% dos votos, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), usou as redes sociais para antecipar que pretende concorrer ao cargo de governador de Santa Catarina em 2026. Em tom de campanha, deixou claro: “Pela minha história, pelo que fiz e pelo que faço, pretendo concorrer ao governo do estado”, disse. João Rodrigues ocupa o mesmo espaço da direita que o governador Jorginho Mello, candidato natural à reeleição. Ambos têm o apoio dos eleitores conservadores, em sua maioria bolsonaristas. Essa projeção, com dois candidatos deste peso na mesma raia, pode acabar repetindo 2022, quando o caminho da esquerda ficou livre para que Décio Lima (PT) – que também deve ser candidato novamente - chegasse ao segundo turno. Daí não se descarta uma composição mais adiante.
Aliança
No mesmo vídeo, João Rodrigues deixa aberta uma possível aliança. “Só não me alio com a esquerda”. Uma velha raposa política, ao ver a postagem, disse à coluna: “Ou ele de fato será candidato, que é justo e natural; ou valoriza o passe, em busca de entendimento futuro”. A ver.
Construção civil
O presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção da Fiesc, Marcos Bellicanta, não esconde a preocupação com a decisão da Caixa de reduzir o percentual financiável para a compra de imóveis. A medida vale a partir de novembro. “A Caixa dificulta o acesso à moradia da classe média”, destaca Bellicanta.
Impacto
Entre as medidas estão a diminuição do teto do valor - até R$ 1,5 milhão - e a redução do percentual financiável de 80% para 70%. A construção civil representa 4,7% do PIB catarinense. Mas para que o setor continue a crescer, é importante haver estabilidade econômica e políticas de estímulo.
Porto
O senador Beto Martins (PL) classificou os portos brasileiros como “colapsados”. O ex-secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de SC afirmou que, apesar de o Brasil precisar dobrar a capacidade de produção de 10 milhões a 20 milhões de toneladas ao ano, não tem logística para tanto. Lembrou das filas de navios, que passam de 60 dias. “Sabe quanto custa um navio parado? Em média, US$ 30 mil por dia”, destacou.