O Marcílio Dias sofreu mais do se esperava, mas o importante é que saiu com a vitória por 1 a 0 contra o Nação neste domingo, na estreia da Copa Santa Catarina. Diante de cerca de três mil torcedores no Gigantão das Avenidas, o Marinheiro foi superior ao adversário e poderia ter deixado o campo com uma vitória mais elástica, por dois ou três gols de diferença, pelas inúmeras chances que criou. O resultado ficou perigoso até o apito final e deixou o torcedor apreensivo, mas isso também é normal de uma estreia com uma equipe que está sendo montada ainda. O Nação veio a Itajaí com a base do time campeão da segunda divisão catarinense com o Caravaggio, o que também dificultou as coisas para o rubro-anil pelo entrosamento maior do adversário. Mesmo assim, o Nação não finalizou nenhuma vez com perigo contra a meta do Marcílio, o que mostra que o sistema defensivo estava muito bem organizado, com laterais, duplas de zaga e volantes ganhando todos os duelos individuais da partida. Do meio para frente, o Marcílio ainda precisa evoluir alguns pontos, principalmente nas finalizações. Foram várias chances criadas, mas pouca efetividade na hora de botar a bola pras redes. Juninho Tardelli também ficou isolado na criação de jogadas, já que Felipe Manoel e Felipe Baiano são dois volantes de contenção e que chegam pouco à frente. Com a chegada de Marquinhos nesta semana, a tendência é que o setor ganhe uma nova e importante opção. No trio de ataque, o técnico Marcio Coelho teve o imprevisto de não poder escalar Geovany e Thiago Rubim em uma das pontas, por conta de problemas na documentação do empréstimo do Atlético Tubarão. Felipe Santos entrou na função pela direita, mas não foi muito efetivo. Do outro lado, Levi  teve o melhor desempenho e se movimentou bastante, assim como Lucas Batatinha jogou como um camisa 9, mesmo não sendo sua posição de origem, e finalizou duas vezes com perigo. Iury Tanque entrou no seu lugar no segundo tempo e teve mais efetividade nas disputas com os zagueiros, por ser um centroavante de origem. Para o jogo contra o Barra, Márcio Coelho ganha mais opções com os jogadores recém-chegados, como o próprio Rony na zaga. É o tipo de problema que todo treinador quer ter, com jogadores de qualidade ainda por entrar na equipe. Certamente, o Marcílio ainda vai evoluir, mas terá que ser mais efetivo no duelo contra o Barra, que fez uma estreia ruim contra o Hercílio Luz, mas tem sido uma pedra no sapato do Marinheiro nos últimos confrontos.