Ideal Mente
Por Vanessa Tonnet - Vanessatonnet.psi@gmail.com
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Afinal, o que é dependência emocional?
O termo “dependência emocional” é pouco falado, porém muitos possuem comportamentos ou vivenciam sofrimentos que podem mostrar que estão em uma relação dependente. Podemos observar, por exemplo, quando alguém coloca sua felicidade nas mãos de outra pessoa e com isso passa a depender dela para ser feliz e amada. Ou quando o humor do outro passa a influenciar significativamente o seu dia, alterando também o seu.
Mas como saber se a relação que estou vivenciando é dependente?
Os comportamentos do exemplo são os mais comuns de serem reconhecidos. Eles podem ser sutis ou com maior intensidade, como quando a pessoa deixa de fazer coisas para si mesma, passando a viver para satisfazer o outro.
Vale a pena ressaltar que a dependência emocional ou afetiva faz parte do nosso desenvolvimento e, conforme evoluímos, vamos em busca de nossa independência. É um processo natural.
Acontece que alguns não tiveram oportunidade ou temem buscar a autonomia, pois é realmente assustador pensar em crescer e obter novas responsabilidades, e acabam buscando apoio excessivo em outras pessoas, seja mãe, pai, namorado(a) esposo(a), filhos ou amigos. Com isso, a dependência emocional ou afetiva, assim como qualquer outra, se transforma em um vício e a pessoa não se imagina longe do outro, se aprisionando cada vez mais.
Abaixo listarei alguns comportamentos que podem ocorrer em casos mais graves, segundo o manual de Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
A pessoa que é diagnosticada com transtorno de personalidade dependente (F60.7) pode demonstrar baixa autoestima, medo do abandono, dificuldade em expressar seus sentimentos e alguns comportamentos como os exemplos a seguir:
Comportamentos da dependência emocional:
* Necessidade excessiva de ser cuidado, levando a um comportamento submisso;
* Dificuldade em tomar decisões, como que roupa vestir, para onde sair;
* Tende a ser passivo e permissivo demais com os outros diante de graves erros;
* Dificilmente traz uma opinião contrária;
* Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas de maneira independente;
* Pode tomar atitudes extremas para receber carinho ou apoio;
* Sente desconforto ou desamparo quando está sozinho;
* Quando a relação é rompida, tende a buscar rapidamente outra pessoa.
Caso você tenha se identificado com algumas atitudes exemplificadas aqui, não se desespere, mas lembre-se:
“Para encontrar o ser amado, você precisa ser amado” (Rumi).
Esse é o primeiro passo! Você precisa ser seu melhor amigo(a), precisa se amar. Afinal, como posso amar o outro sendo que eu não sei o que é o amor?
Além disso, é preciso investigar, através do processo de psicoterapia, de onde vêm seus verdadeiros medos, para então trabalhá-los. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, ficarei feliz em ajudar. Contatos acima.