MDB procura-se
A passagem do deputado federal e presidente do manda brasa estadual Carlos Chiodini (MDB) pelo gabinete do barbudinho Volnei Morastoni (MDB), na semana que passou, deu o pontapé inicial para a busca, dentro da sigla, de um nome para representar a grife emedebê na disputa ao paço da Vila Operária em 2024. O partido não aceita papel de coadjuvante, teria declarado o manda-chuva!
Marcando território
Um dos diferenciais do MDB é a marcação de território, com bases sólidas em todas as regiões da Santa & Bela Catarina. Não tem um cantinho do estado que não tenha um emedebista puxando o partido. E as grandes cidades são a vitrine que a sigla utiliza para catapultar disputas majoritárias e eleger bancadas expressivas na leleia e na câmara dos deputados.
Sem liderança natural
Apesar de puxar a fila e dar o tom em muitas disputas estado afora, em Itajaí a dificuldade do partido para manter o comando deve ser a ausência de uma liderança natural que desponte como candidato de consenso. Mas como consenso nunca foi uma constante no Manda Brasa, talvez a disputa que deve ser aberta reaglutine as lideranças e fortaleça o processo sucessório.
Pitacos
Este pançudinho, como não poderia deixar de ser, sempre para o bem da coletividade, deve arriscar uns pitacos da disputa de bastidores pelo posto de candidato oficial do MDB. Em resumo, aquela disseminada na discórdia! Espero que o Pai Atanásio, quando voltar de suas longas férias, não venha desdizer o que a coluna emplacou!
Fábio da Veiga
Pra começar o disse-me-disse, o primeiro nome do MDB da city que deve postular o posto de ungido é o do superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga. Não foram uma, nem duas fontes deste socadinho que garantem que depois de 10 minutos de conversa com o Fábio o assunto preferido do bagrão é a sucessão, sem esconder seu interesse e vendendo seu peixe, enaltecendo os atributos.
Proximidade
Fábio é próximo do presidente estadual do MDB, sendo um dos coordenadores da campanha do Chiodini pelas terras pexêras, uma importante credencial para uma disputa que, apesar de tímida, não parece ser das mais fáceis. Primeiro, precisa ganhar dentro do partido, depois, na busca por aliados ao projeto de sucessão.
Dificuldade
Mesmo tendo boa vontade em ser candidato, Fábio precisa ainda resolver a delicada situação do Porto de Itajaí. Sem navios e cargas, o sentimento geral é de que grande parte da culpa pelo momento difícil é da gestão municipal, ou seja, como gestor, o candidato ainda não mostrou qualificação, muito pelo contrário, pode ficar com fama de ter acabado com o Porto de Itajaí. Se não reverter bem essa situação, é inviável que tenha parceiros para empreitada, tanto dentro como fora da sigla.
Consequência
Acredito que o reconhecimento dos gestores e a unção de candidaturas, na maioria das vezes, vem acompanhada de bons resultados no trabalho dos candidatos. Hoje, não faz sentido Fábio discutir e se projetar como candidato, e deixar de dar atenção plena ao momento pelo qual passa o Porto de Itajaí. É hora de resgatar a movimentação, pra depois pensar em uma candidatura.
Na Família
O conhecido João Passos, que estava numa diretoria da casa do povo da Dubai Maravilha, foi alçado ao cargo de diretor-geral da Secretaria de Inclusão Social. Há quem diga que João conhece bem o traçado da coisa pública e deve preencher mais espaço na Supersecretaria da Família.
Ocupando espaço
A toda-poderosa Christina Barichello tem ocupado praticamente todos os espaços, e até já fala nas suas redes sociais, dos feitos que conseguiu à frente da pasta. Christina parece que tem acelerado o passo pra não ficar para trás depois que o alcaide Fabrício teria sinalizado um possível sucessor com o secretário de Obras Osmar Nunes, o Mazoca.
Almeja
Quando se fala na sucessão do prefeito pop star Fabrício Oliveira (New-PL), os zoinhos da secretária pink se abrem esperançosos de quem sabe ser a ungida pra ser candidata ao paço dos altos da Dinamarca.
Tomar conta do campinho
Dizem os mais chegados na discórdia alheia que, com João Passos na Inclusão, só falta agora Christina lotear novamente a Secretaria do Idoso para ficar com superpoderes de três pastas: Idoso, Inclusão e Família.
Diferenças
O João Passos é um dirigente de esquerda com vasta militância e no passado caminhou junto da Christina, chegando ao ponto de opinar sobre as roupas que a pink ia usar. Hoje, contudo, Christina se aliou ao bolsonarismo, chegando a flertar com o extremismo religioso e político. Apesar das afinidades pessoais, as questões ideológicas são problemáticas entre João e Christina. Ou não?
É bobagem?
Talvez seja uma bobagem, até porque o vereador Gelson Rodrigues é filiado ao Cidadania, um partido de esquerda que apoiou a eleição do presidente Lula (PT), mas Gelson se declarou por várias oportunidades apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É oportunismo que chama?
Como fica?
A deputada Carmen Zanotto, apesar de ser filiada ao Cidadania, também ciscou com o bolsonarismo e foi escolhida pelo governador Jorginho Mello (PL) pra ser a secretária estadual de Saúde. Pode ser que Passos tenha abandonado sua velha caminhada, por exemplo, ao lado do velho caudilho Leonel Brizola, ao estilo Leonel Pavan de envelhecer. Como fica o governo terrivelmente evangélico com um esquerdista alojado?
Se cheiram...
Um saudoso amigo advogado, que tinha sido de esquerda e depois foi militar na direita, sempre lembrava que foi o único que não se bandeou na hora que pintou um emprego na esfera pública. “Nessa hora não tinha ou teve ideologia que se sustentava”, lembrava o causídico. E ainda vaticinava: “Os seus se cheiram...”
PAIS
Outra situação que precisa ser explicada é o fato de João Passos ter uma entidade que seria gerida por sua esposa e que recebe verba pública para atendimento de crianças e suas famílias. O que, mesmo que fosse legal, seria imoral no entendimento do escriba. E o prefeito pop star não pode alegar que não sabe, pois faz trocentos anos que a família do João Passos está à frente da entidade.
Rubens se explica
O galego Rubens Angioletti (sem partido) correu pra sisplicar pra este pançudinho escriba, tentando justificar que a foto dele de 2018 beijando a bandeira do Brasil em frente a uma faixa pedindo intervenção militar não tem nada a ver. Segundo ele, o próprio autor da foto já reconheceu que a selfie não representa necessariamente o apoio à reivindicação da galera. Hummmm...
Golpiolétti
A turma do PT de Itajaí, que tá mandando brasa nas representações contra os políticos que incentivaram os movimentos golpistas, chegou a circular nos zapzap da vida um meme com o rosto do vereador chamando-o de Golpiolétti e com os dizeres “a minha tornozeleira jamais será vermelha”. Isso que dá querer sempre jogar pra plateia e sem medir as consequências do que faz.
Se encostar
Segundo o galego, estão fazendo essa “injustiça” com ele só porque tá bombando nas pesquisas e no desejo do povão pra ser prefeito em 2024. Menos né, uma coisa é pontuar bem nas pesquisas, mas isso não dá direito do caboclo ficar falando amém pra tudo que o povão pede. Prefeito tem que ter responsabilidade, não pode estar volátil às vontades do que uma minoria barulhenta grita.
Chororô
O galego, em mais de cinco minutos de áudios, deve ter sisquecido que a disputa em 2024 é para o comando de Itajaí. Enquanto o debate precisa se dar, a partir de agora, em torno de Itajaí e seu futuro, Rubens parece que não assimilou a derrota e prefere focar no discurso de divisão e não união. O galego reclamou dos empréstimos do BNDES, da discussão sobre golpe da Dilma. Falar de Itajaí que é bom, nada.
Falta conteúdo
Apesar de popular, falta ao Rubens conteúdo na sua jornada para se tornar candidato a prefeito aceito por quem vai decidir a eleição. Não adianta só aparecer na foto (e olha o que deu a selfie de 2018) onde uma parte do povão está. Precisa mostrar que tem proposta, coragem de contrariar minorias barulhentas e fazer o bem maior para a coletividade. Gente que surfa conforme a onda pode nadar, nadar, e morrer na beira da praia.
Fiscalização enjoa
Esse papo de “funcionário do povo” e “minha função é fiscalizar” pode até render alguns votinhos e curtidas, mas chega uma hora que enjoa o povão também. Com oito anos de mandato, se Rubens não mostrar nenhum legado importante pra cidade, pode até sair bem nas pesquisas em 2024, mas vai derreter ao longo dos debates e dos programas eleitorais, quando a população vai conhecer os candidatos além das redes sociais.