Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Sopro de esperança
Bastou uma entrevista do novo superintendente de futebol do Marcílio Dias, Diego Cope, para que a esperança no clube se renovasse. Vindo do futebol do interior paulista, Cope mostrou uma mentalidade muito diferente daquela que pairou no departamento de futebol do Marinheiro nas últimas competições. É claro que apenas uma entrevista não é suficiente para avaliar o trabalho do novo superintendente, mas trouxe ao Marinheiro um fato novo que pode ser fundamental para o seu crescimento no futebol depois de uma sequência ruim de resultados. Cope chegou falando em desafios e que veio para buscar títulos pelo Marcílio. Além disso, destacou que vai usar seu conhecimento para traçar um novo perfil de contratações para o clube e que esse perfil será exigente e criterioso. As limitações financeiras do Marcílio continuam, mas em momento algum elas foram usadas como argumento para relativizar o nível dos atletas que serão contratados para a Copa Santa Catarina. Uma reformulação, com cerca de 15 novas contratações, deve ser feita. A grande maioria deve chegar para ser titular do time e já começar a formar uma base para o Catarinense de 2023, tendo em vista que dos atletas que ficaram, poucos provaram na série D estarem preparados para serem titulares do Marcílio Dias nesse momento.
Pensar grande
Com passagem pelo comando do futebol de vários clubes do futebol paulista, Cope estava estabilizado no Votuporanguense (SP), clube que vinha de boas campanhas na série A3 paulista, mas que bateu na trave nas semifinais que valiam acesso dos dois últimos anos. E o discurso usado na sua apresentação é o mesmo que tenho falado há anos em todos os meios de imprensa: a maioria das pessoas de Itajaí não sabem o tamanho e o respeito que o Marcílio Dias tem fora da cidade. O Marinheiro tem nome no cenário nacional, e Diego chegou exaltando isso. Aliás, foi esse potencial grande que fez ele deixar o mercado paulista, onde estava estabilizado, e onde os recursos financeiros são muito maiores, para topar um desafio em um clube de Santa Catarina, que sequer tem calendário nacional em 2023. Mais do que isso, Diego Cope chegou falando em reformular a base do Marcílio, hoje terceirizada por falta de recursos. Cope está pensando grande, se tiver condições de colocar os planos em prática, pode representar um salto grande para o Marinheiro, como já foi a passagem do também paulista Marco Gama pelo mesmo cargo no clube.