Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Jorginho é o novo técnico do Marinheiro
O Marinheiro apresenta, nesta terça-feira, o técnico Jorginho, que em Santa Catarina já comandou o Figueirense e o Juventus. Dentro da realidade financeira e estrutural do Marcílio Dias, Jorginho é uma das melhores opções no mercado. No Juventus fez ótimo trabalho, levando a equipe de Jaraguá do Sul à semifinal do Catarinense em 2020. No Figueira, esbarrou na falta de qualidade do elenco e de investimento do alvinegro para o nível das competições que disputou. Ainda assim, foi campeão da Copa Santa Catarina no ano passado, seu último ato como treinador. Nesse ano, não comandou nenhuma equipe até aceitar o convite do Marinheiro. A missão de classificar na série D é difícil, mas esses três jogos que restam na primeira fase serão fundamentais para Jorginho conhecer o elenco. Conhecer e também ajudar o departamento de futebol a encontrar novas peças para a Copa Santa Catarina. Embora não esteja eliminado na série D, a Copinha se tornou o principal objetivo do ano do Marcílio Dias. O título dá vaga para a Copa do Brasil e coloca um bom dinheiro no caixa para a temporada 2023. O Figueirense é novamente o favorito, mas o Marcílio pode brigar pela taça, desde que reforce bem o time que está disputando o Brasileiro. Nesse contexto, Jorginho terá dois meses de trabalho para preparar a equipe.
Vitória e sobrevivência
O Marcílio Dias fez a sua obrigação na rodada: venceu o Próspera por 2 a 0, mas ficou muito longe de convencer o torcedor de que esse time ainda pode dar alegrias na temporada. O Marinheiro entrou em campo inseguro e sem confiança, fazendo um primeiro tempo fraco, diante de um dos piores adversários que o rubro-anil já enfrentou no ano. Somente no segundo tempo, com o gol de Peu no início da etapa final, que o Marinheiro conseguiu ter mais tranquilidade no jogo e errar menos. Correu poucos riscos, mas ainda viu o Próspera chutar uma bola na trave antes de finalmente matar o jogo em um gol de Léo Rigo. Aliás, os dois gols do Marcílio saíram em cobranças de escanteio, como já haviam sido nos dois gols contra o Caxias. Gol de bola parada vale tanto quanto com bola rolando, mas é um sinal de que se depender da criação de jogadas, o Marinheiro não funciona no setor ofensivo. Independente do rendimento ainda abaixo do esperado, a vitória era o mais importante e ela veio. O Marcílio sobrevive na série D, quatro pontos abaixo do Cascavel, quarto colocado, faltando três rodadas. Ao Marinheiro resta vencer todos os seus jogos. A missão é impossível? Não! Azuriz, Cascavel e Aimoré são adversários difíceis, mas ninguém da chave mostrou futebol até agora para ser considerado imbatível. O problema maior do Marcílio continua sendo melhorar seu jogo e recuperar tecnicamente alguns jogadores que estão atuando abaixo do que já mostraram com a própria camisa rubro-anil.