O Marcílio Dias fez o seu único teste antes da estreia no campeonato Catarinense, no último sábado, ao enfrentar em jogo-treino o Barra no Gigantão das Avenidas. O resultado, vitória por 1 a 0 com gol de pênalti de Zé Vitor, é o menos importante em relação ao que pudemos acompanhar do rendimento e do posicionamento da equipe contra um adversário do mesmo nível. O mais relevante desse duelo foi a obediência tática do time armado pelo técnico Fernando Tonet, que mesmo desfalcado de três titulares absolutos, se portou bem em campo, foi pouco ameaçado e teve o jogo-treino sob controle. A defesa, como nos últimos anos, segue sendo o ponto forte. São dois zagueiros muito experientes, Murilo e Edimar, muito bem protegidos por Daniel Pereira, que voltou a ser o cão de guarda do Marinheiro. Com isso, os laterais ganham liberdade para apoiar mais, como o que aconteceu na jogada que originou o pênalti, em belo lance individual de Marcel na direita, substituindo o titular Victor Guilherme, que está com covid. O volante Moisés também ajuda a reforçar ainda mais o setor e dá garantias de que os adversários terão muita dificuldade em penetrar na área marcilista.

Ataque ainda preocupa

Por outro lado, o ataque segue sendo a maior preocupação, desde que o elenco se apresentou em Itajaí. Sem Julinho, Klenisson e Breno, todos afastados também por covid, Tonet teve que improvisar o trio da frente como Douglas Packer, Zé Vitor e Rafael Carioca. Os dois atacantes caíram pelos lados de campo, e por serem centroavantes de ofício, pouco conseguiram render. Packer tem muita qualidade técnica, mas pela idade e por outras complicações que teve na sua chegada no Marcílio, tem uma intensidade mais baixa. O meio ainda foi composto por Alessandro, que mostrou evolução em relação a última temporada, mas ainda se mostra muito inseguro nas definições das jogadas. Ele dará lugar a Julinho no time titular e a expectativa é que ao lado de Klenisson e de mais um atacante de lado de campo, Augusto ou PH, o Marcílio seja mais veloz na saída pro ataque. PH, aliás, entrou no segundo tempo do jogo-treino e já deu outra movimentação ao time. Aliás, o Marcílio fez várias trocas no segundo tempo e todas me agradaram. Sinal que o elenco está bem homogêneo e tem algumas opções boas na defesa e no meio. O ataque continua sendo uma incógnita e só quando Augusto, PH, Klenisson e Breno estiverem 100%, que poderemos ver quais são as melhores opções para Tonet utilizar.