Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio - janioflavio@terra.com.br
Jânio Flavio de Oliveira é comunicador, comentarista esportivo, apresentador, colunista, radialista (DRT 2608/SC) e jornalista (DRT 7183/SC). Atualmente, preside a Associação Catarinense de Cronistas Esportivos (ACCE)
Recomeço no Gigantão
O Marcílio Dias prepara, para o fim desta temporada, uma reformulação no elenco que não acontecia desde quando reascendeu à primeira divisão do campeonato Catarinense, em 2018. Muitos atletas, que estão há mais de dois anos no Gigantão das Avenidas, deverão sair ao término dos seus contratos e as permanências garantidas são apenas daqueles que chegaram a partir do segundo semestre de 2021 e se destacaram, como Renan, Julinho e Moisés, além de quem já veio contratado para o Catarinense, como Vitor Guilherme, Carlos Alexandre e Klenisson. Uma oxigenação boa para os atletas, muitos acomodados com a estabilidade no clube, e que não estavam conseguindo render em campo o que renderam em anos anteriores, e uma oxigenação muito importante para o Marinheiro. Chegou a hora de dar um passo além, com a volta do torcedor à arquibancada – muito provavelmente com 100% da capacidade no Catarinense –, o rubro-anil terá também um incremento em suas finanças, o que pode ajudar a investir em contratações com um poder de decisão maior dentro de campo. É inegável que, nos últimos anos, o Marcílio Dias foi muito competitivo, alcançou resultados que, há muito não se via no clube, como uma oitava colocação do Brasileiro da série D e uma semifinal de Catarinense, mas, no momento de chegar ao objetivo principal, faltou poder de decisão. Faltou qualidade. Nesse período, foram três Copas Santa Catarina que escaparam contra times do mesmo nível ou até abaixo, mas que o Marcílio não teve competência para levantar a taça e ficar com a vaga na Copa do Brasil, que paga mais de R$500 mil só pela participação. Para 2022, o clube precisa voltar fortalecido, focado não apenas em garantir a vaga no Brasileiro da série D para 2023, mas também em buscar um final de estadual, que lhe garantiria uma vaga no Copa do Brasil do ano seguinte. Toda reformulação requer tempo de preparação e também de entrosamento, mas o Marcílio já tem um conhecimento vasto dos adversários e das adversidades que enfrentará, que o tornam capaz também de corrigir erros que lhe custaram eliminações em todas as competições que disputou nos últimos três anos.
Comando técnico
O passo à frente, que eu cito, passa também pelo comando técnico. O Marcílio precisa mudar de pensamento em relação a isso. A primeira atitude foi a saída do técnico Paulo Foiani, que mostrou, na Copa SC, ainda não estar preparado para trabalhar em um clube com a pressão que cerca o Marinheiro. Na hora de tomar as decisões à beira do campo, Foiani foi muito infeliz nas escolhas, e essas escolhas também custaram ao clube uma eliminação. Mantê-lo seria insistir nesses erros. Agora, o Marinheiro precisa de um treinador que pense diferente, que jogue diferente do padrão dos últimos anos. Se defender é importante, mas o Marcílio comprovou, nos últimos anos, que time que não faz gol, não ganha campeonato. Esse é o ponto principal que precisa ser revisto para 2022.
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