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Valor econômico dos recursos ambientais


Quanto custa uma árvore, um pássaro, um peixe, um animal terrestre, um rio ou, quem sabe, todo um ecossistema? Aí está uma pergunta que os defensores do modelo de desenvolvimento sustentável apenas “economicamente viável” não desejam ou se interessam em dar a resposta que a sociedade tanto quer ouvir.

O sistema capitalista, adotado pela maioria dos países do mundo, apresenta as suas próprias regras, criadas pelo homem, estando sujeito à famosa lei da oferta e da procura que, como reza a lenda, faz com que um diamante raro valha menos que um cantil de água e um farnel de comida, quando a troca se realiza nos confins do deserto do Saara.

Este mesmo sistema vigente utiliza como fatores determinantes de seu sucesso a conjugação das variáveis: RN+MO +K, ou seja, decodificando, em primeiro lugar a base de sustentação RN – Recurso Natural, seguido de MO – Mão de Obra, e a consolidação através do K – Capital.

Alguns recursos naturais são tratados na teoria econômica neoclássica como “bens comuns”, que na verdade constituem o que podemos chamar de capital natural, representando um custo não compensado a terceiros, que em economia é denominado “externalidade”.

Mas vamos ao que realmente nos interessa, trocando em miúdos os conceitos econômicos, que geralmente divergem do custo social: a valoração econômica ambiental é considerada um tabu porque, segundo alguns cientistas, a maioria dos recursos naturais não tem preço reconhecido no mercado, pois alguns têm o valor econômico reconhecido na medida em que seu uso altera o equilíbrio de produção e consumo da sociedade.

Muitos países já vêm adotando políticas compensatórias de internalização dos custos ambientais, de modo a garantir que o preço final do produto reflita o custo de degradação ou consumo de recursos naturais, segundo os pressupostos estabelecidos nas relações de mercado.

A determinação da Valoração Econômica dos Recursos Ambientais – VERA - pode ser obtida através da soma dos valores de uso e de não-uso, considerando-se que o Valor de Uso é composto pelo Valor de Uso Direto, Valor de Uso Indireto e ainda pelo Valor de Opção mais o Valor de Existência, resultando numa expressão matemática: VERA=(VUD + VUI + VO) + VE.

Para melhor compreensão desta contabilidade natural, vamos citar um trabalho de pesquisa realizado pelo Prof. Merico, em 1992, sobre a “Valoração Econômica de Área de Lazer: o caso do Saco da Fazenda – Itajaí – SC”. Na aplicação do método de “disposição a pagar” para usufruir da observação de vinte e oito espécies da avifauna daquela área de lazer, resultou na estimativa equivalente a R$ 850.429,17 por ano, que corresponde ao somatório do valor de existência das aves mais o valor do tempo destinado à visitação.

O meio ambiente, através da valoração econômica de seus recursos naturais, poderá gerar emprego e renda através da sustentabilidade ecológica e social desde que o modelo de desenvolvimento seja fundamentado na promoção de uma política responsável e uma ética da Terra.


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