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Amigo do poder e amigo das leis
Ao olharmos os noticiários, não perceberemos muita diferença caso venhamos comparar com anos anteriores. Doravante, o cenário político internacional propõe cenas não tão acostumadas aos nossos olhos. Ditadores caindo. Menciono com certa relevância pelo fato de eles serem detidos do cargo por civis. É o povo que vai às ruas e praças e pede que ele saia. Diferentemente de outros governos e senhores que preferem a guerra. Pedem a benção de deus e disparam mísseis em mulheres, crianças e trabalhadores. E por que tudo isso acontece no Oriente e naquela região toda agora?
A reposta pode ser a mesma em vários canais de televisão como pode ser heterogênica entre os analistas. Por conseguinte, o que venho dizer é o fato econômico. Não existe inimigo maior do que a economia para derrubar um governo e até mesmo um sistema político implantando em tal sociedade. As experiências de regimes autoritários nunca são bem-vindas. Por outro lado, o regime democrático implantado pelos EUA é sempre complicado, e, sobretudo traumático. Sem contar que o Oriente é uma civilização de eternos conflitos. Nascer e morar aqui e querer falar sobre uma realidade tão distinta é uma audácia.
Porém, falar de nossa própria política é uma audácia. Posso querer resumir dizendo que somos latinos e por isso nada funciona ou que tudo está errado. Temos uma democracia e políticos sagrados nas urnas pelo próprio povo brasileiro. Contudo, prestigiamos senhoras e senhores hilários quando põem a mão no poder. Como diria um professor: vendem até a mãe e o pior que entregam também. E assim vai funcionando. É preciso apenas chegar ao topo e organizar os seus desejos. Eu, hoje, não duvidaria da capacidade de alguns senadores de mudar a soma de dois mais dois. Ou seja, para o nosso Congresso é possível dois mais dois dar cinco para eles e três para nós. Como podem fazer? Só sendo eleito senador para saber.
Depreendo o pensamento que mesmo após uma Revolução Francesa em que não foi uma luta de um rei ou de um segmento religioso , e o 11 de setembro onde bastou estar reunidos em pequenos grupos mesmo para ocasionar um ataque , a sociedade vai se mexer numa crise econômica. É numa crise econômica que elege-se um Obama. Para nós brasileiros não quer dizer que estamos perdidos. Afinal, por aqui uma crise econômica está distante, principalmente agora que o salário mínimo passou para quinhentos e quarenta e cinco reais prefiro a forma extensa, sempre representa maior que três dígitos. E por que coisas assim acontecem aqui? Simples: amigos do poder e, logo, amigos da lei.
José de Souza Júnior
Graduado em Filosofia pela UNIFEBE/Brusque e Mestrando em Ciências Políticas-UFSCar/São Carlos-SP
js_junior@yahoo.com.br