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Violência para todos!


O que temos em comum hoje em nossa sociedade é a violência. Você já parou pra pensa nisso? Corremos o risco de estarmos fazendo o mesmo percurso para o trabalho ou de retorno para casa, e ser assaltado, baleado, esfaqueado, etc. Embora que esse problema não começou em nossa era e nem terminará. Mudam-se os personagens e os contextos, e permanecem os mesmos desrespeitos contra nossa humanidade. Sempre vamos nos deparar com a violência coletiva, estatal, estrutural, cultural e individual. E o que fazer para amenizar? Como se ter segurança? Trancar-se em casa? Fugir da cidade? Afinal, até mesmo no campo vamos encontrar sangue derramado ou dinheiro desviado, na sua proporção habitacional. Todavia, para superar a violência em nosso meio precisa-se investir em desenvolvimento social e econômico. Ainda assim não eliminaremos a violência de nosso convívio.

Para muitos, a violência pode ser um mal entre os seres humanos. Aos mais espiritualizados poderão invocar divindades malignas. Enquanto filósofo, o tema é pertinente por muitos pensadores e me ponho a tentar refletir e expor como um problema de múltiplas carências das populações de baixa renda e ficando suscetíveis pela escolha de vias ilegais. E essa opção ilegal é fundamentada pela tolerância cultural aos desvios sociais e deficiência de nossas instituições de controle social. Ou seja, polícia ineficiente – com deficiência nos treinamentos, salários incompatíveis e a vulnerabilidade à corrupção –, estrutura e processos judiciários arcaicos e sistema prisional caótico.

Por conseguinte, compete a que parcela da sociedade para obtermos mudanças? De nossos políticos? Da população? Quem sabe a tentativa de diminuir a desigualdade social pode ser um meio. Porém, a mentalidade do dinheiro imediato, mesmo sobre risco de prisão ou morte, deve ser substituída. Deparamos com outro grande problema: quem é que vai deixar de ter dinheiro fácil por meios ilícitos e querer entrar no mercado de trabalho brasileiro? Por outro lado, investir em segurança pública como repressora não solucionará o problema. Entretanto, não podemos contar com polícia ineficiente. Contudo, tratar desse problema exige uma participação da sociedade e empenho singular de órgãos administrativos.

A violência de nosso tempo é complexa. A culpa não pode cair sobre os mais pobres. Os “doutores” também contribuem para o índice de criminalidade; são inúmeros os casos de famílias estabilizadas economicamente e destruídas pela violência que nasceram no próprio berço. Retomo aqui a ideia que a violência é democrática. Pergunto então: por que a paz não é democrática? Porém, o único caminho para construir a paz é pela participação de todos. Pelo desejo e vontade de cada cidadão. Depreendo com outra pergunta: por que devemos buscar a paz, a tranquilidade, o respeito, a felicidade só depois da morte? Sonhar com a “vida eterna” pode ser um meio de querer fugir da realidade ou querer conforto. Lembre-se, o seu voto pode transformar essa sociedade e não a celestial. Logo, quem quiser vida segura deve lutar por ela e não ficar sentado esperando.

José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela Unifebe/Brusque e mestrando em Ciencias Politicas-UFSCar/São Carlos/SP

Contato: js_junior@yahoo.com.br


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