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135,8 milhões


Sinceramente, é melhor escrever sobre política fora de período eleitoral. Ou seja, de forma natural. Muitos vão pensar que devo querer fazer campanha, visando algum partido de preferência ou candidato por aproximação e consciência política. Entretanto, me encontro pela primeira vez num início de campanha eleitoral e eu não tenho candidato. E me pergunto se devo ter. Provavelmente devem existir muitas outras pessoas assim, e de quem é a culpa? Simples a resposta: é dos políticos.

Fico imaginando como seria uma eleição no Brasil, se o voto fosse facultativo. E também fico sonhando com a volta da cédula. Pois não confio na urna eletrônica. Afinal, tudo que é eletrônico possuiu grandes chances de ser burlado. O que poderia garantir que as milhares de urnas eletrônicas não correm o risco de omitir os votos? Doravante, passamos por tempos difíceis de muitas corrupções no nosso cenário político. E corromper uma urna para se manter no poder é o de menos.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta 135,8 milhões de eleitores aptos para votarem neste ano. Continuamos tendo o público feminino como a grande maioria e força, com 70,4 milhões de votos. Enquanto os homens são apenas 65,2 milhões de votos. E apenas 6,7% do eleitorado possuem o grau de instrução de superior completo ou incompleto. Com um dado interessante, caindo o número de eleitores de 16 e 17 anos. E de quem é a culpa? A participação do jovem na política é um símbolo, seja qual for o país. E por que no Brasil houve essa queda? De quem é a culpa?

Como gostar de política, que é feita com dinheiro na cueca? Do dinheiro na meia? Dos mensalões? A corrupção da política brasileira e as inúmeras pizzas nos deixaram um gosto amargo na boca. E o pior que, para milhões de brasileiros hoje, tudo o que tem de valor em suas mãos é seu voto. E nas condições de abandono e por necessidades, e até mesmo por falta de instrução eleitoral, eles estão disposto a vender seus votos. E de quem é a culpa? Sabemos que é errado. Mas muita corrupção vai acontecer, se cada um desses 135,8 milhões de eleitores estiverem a fim de contribuir.

Se existe sonho de mudanças e acabar com essa vergonha da corrupção política, o momento é este. Os próximos quatro anos serão consequências do seu voto. Podemos fazer nossa parte de conscientização política. Procurando convencer nossos amigos a não votarem em sujeitos que compram votos. No entanto, para votar é preciso olhar a biografia do candidato. Conhecer seus projetos e o que ele já fez na sua vida política. E se chegarmos a outubro e você não encontrar ninguém digno de sua confiança, meu conselho é que justifique seu voto. Pois votar em nulo ou em branco é a mesma coisa que votar em malandro.

Depreendo, com um sentimento de utopia. E utilizo palavras de um grande amigo: “Acho digno manter-se fiel àquilo que você acredita, mesmo sabendo que você pode perder votos com isso. Devemos escolher um cara brilhante, que faça uma campanha belíssima reafirmando o valor da educação como principal mola mestra do país”. Por conseguinte, não tenho vergonha de sonhar com um país digno. Minha vergonha maior é de ter alguns políticos.

*José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela UNIFEBE/Brusque e Mestrando em Ciências Políticas-UFSCar/São Carlos-SP

Contato: js_junior@yahoo.com.br

 


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