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Quando se planta milho, não se colhe trigo


Antes de começarmos a falar em preservação ambiental devemos ter coragem de apontar o meio ambiente como uma questão de justiça social. Meio ambiente não está à parte da inclusão social, da humanização, da mudança dos valores de uma sociedade que tem infelizmente, hoje, o foco central no mercado e no lucro.

Para conseguirmos implantar medidas efetivas de preservação ambiental precisamos mudar a mentalidade do lucro fácil. Na visão que a maioria das pessoas tem hoje, não importa o que vai sobrar para a humanidade, importa que tenha de imediato dinheiro no bolso. Esse é um tipo de mentalidade que não cabe mais nos tempos modernos e democráticos onde temos um novo olhar generoso para o ser humano e para natureza.

Para revertermos essas certezas precisamos investir na educação ambiental e os jovens e estudantes tem papel de protagonismo nesta construção moderna. Acredito muito nessa juventude que vai apreendendo desde pequeno que o meio ambiente é necessário e fundamental para nossa vida e nossa subsistência. Queremos que a sociedade cobre ações efetivas nessa área, que os estudantes também cobrem: é preciso preservar o meio ambiente, fazendo a nossa parte.

Em Santa Catarina temos o debate sobre a exploração de uma mina de fosfato e sobre a criação de uma fábrica de fertilizantes em Anitápolis. Para ser implantada a reserva de fosfato de Anitápolis, uma barragem será construída no rio Pinheiros e 247 hectares (equivalente a 350 campos de futebol) de Mata Atlântica serão destruídos, podendo colocar em sério risco as nascentes rio Braço do Norte que abastece milhares de famílias em sua bacia hidrográfica.

Para se evitar esse tipo de empreendimentos, que coloca em risco nossa natureza, precisamos investir em políticas públicas que garantam o desenvolvimento sustentável das regiões e buscar um desenvolvimento com baixo impacto ambiental, como a agroecologia.

Quem toma água somos nós, quem precisa da terra e da comida somos nós e somos nós que precisamos do ar para respirar. Temos que ter uma relação com a natureza baseada no amor, assim como uma mãe que cria um filho educando, impondo limites e ensinando o respeito a todos, precisamos tratar a natureza da mesma maneira. Precisamos entender que vamos colher somente o que plantarmos. Se cortamos árvores vamos colher desmatamento, se jogamos lixo na rua, vamos colher alagamentos e destruição, se poluímos nossas águas vamos colher sede e seca. Como diz o velho ditado: Quando se planta milho, não se colhe trigo.

*Ex-deputada federal e liderança política do PT em SC


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