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Sim, eu posso falar!
A lembrança de que há 50 anos aconteceu um golpe que transformou nosso país em uma ditadura não é boa. Tenho 33 anos e nasci no final do período mais tenebroso da política brasileira. Imaginar que não tínhamos o direito de falar ou de contestar, nem de lutar por aquilo que acreditamos, é um exercício difícil de fazer hoje em dia.
Em pleno século 21, através da internet, livros e de muitos canais de comunicação, recebemos cada vez mais notícias que nos envergonham de uma ditadura que torturou, sequestrou, estuprou e matou em nome de um projeto de dominação e que afundou o país em um caos profundo e o deixou economicamente quebrado.
Quem não se lembra da inflação galopante, juros altos, fome e desidratação, aparelhos públicos sucateados e falta de infraestrutura? Jornais foram fechados, partidos levados à clandestinidade, congresso dissolvido.
Hoje vivemos em uma democracia aberta e que, apesar de pouco tempo, estamos evoluindo e aprendendo, dia após dia, com o direito de falar, reclamar e lutar pelo que acreditamos.
Hoje podemos discutir política nas ruas, podemos nos encontrar em grupo, podemos fazer passeata e protestar. Hoje temos o direito de ser contra ou favor. Hoje, mais do que tudo, podemos votar. E podemos decidir o nosso futuro.
Depende de nós, somente de nós, escolher o Brasil que queremos. E assim começamos por nossa cidade, por nosso estado. Começamos com o direito maior que a democracia nos proporciona, o voto. E assim vamos ser grandes, e assim vamos ser fortes.
Portanto, não perca o seu maior direito, o de tomar decisão. A cidadania se constrói com consciência e participação. A sociedade evolui com trabalho e discussão. Uma nação se faz com democracia.
* Presidente do Pros - Partido Republicano da Ordem Social em Itajaí