Por Alfa Bile - alfabile@gmail.com
Fotógrafo, poeta e escritor. Autor do livro Lume, suas obras Fine Art já decoram hotéis como Hilton e Mercure. Publicado pela National Geographic e DJI Global @alfabile | @alfabilegaleria
Publicado 17/11/2025 10:01
Alterado 17/11/2025 10:18
📸 ✍️ Por Alfa Bile – Blog VersoLuz | Jornal Diarinho
Alguns poemas nascem como um mergulho fundo demais.
Silêncio Submerso surgiu exatamente assim: daquela sensação de prender o ar sem saber se vai dar tempo de voltar à superfície.
Não escrevi sobre o mar, mas sobre o que acontece dentro da gente quando o medo fala mais alto do que qualquer lógica.
Esse poema nasceu de uma emoção muito específica: o pavor silencioso de perder alguém que se ama.
É um sentimento que comprime, aperta o peito e distorce tudo ao redor — como a pressão da água em profundidade.
O amor, às vezes, é assim: bonito, intenso e assustador na mesma medida.
Em Silêncio Submerso tentei traduzir aquele instante em que a mente imagina a perda antes dela acontecer.
É quase um reflexo do corpo: o coração acelera, o ar falta, o pensamento mergulha fundo e o mundo fica turvo.
E, quando a pessoa volta, quando a presença se confirma, é como emergir de volta à vida.
Foi desse mergulho emocional que o poema nasceu:
por Alfa Bile
Emergi quase sem fôlego.
Confesso:
senti medo de te perder.
Do fundo, tudo era turvo.
No fundo,
senti medo de te perder.
Uma pressão absurda,
meu corpo à beira do estouro.
O que restava de ar se esvaía.
Senti medo de te perder.
Ao te rever,
meu corpo renascia.
Mais do que morrer,
senti medo de te perder.
Esse é um poema sobre profundidade emocional, sobre o que não dizemos em voz alta, sobre aquilo que dói em silêncio.
Cada verso tenta respirar devagar, tentando voltar à superfície.
Vamos fazer a poesia navegar mais longe.
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