Por Magru Floriano - magrufloriano2008@gmail.com
Magru Floriano é graduado em História e Pedagogia, pos-graduado em Educação e Marketing, mestre em Educação. Professor universitário aposentado. Colunista e repórter desde a década de 1970
Publicado 26/11/2025 00:05
Trânsito I
Não bastasse todos os problemas advindos do número exagerado de carros circulando na cidade de Itajaí - ocasionado pela falência do transporte coletivo público e o uso das rodovias estaduais e federais como vias intermunicipais - agora, temos de lidar com o caos na circulação nos passeios públicos. Temos de dividir o passeio com ciclistas e aloprados dos patinetes e ciclomotores elétricos.
Trânsito II
Cobrar o mínimo de responsabilidade de todos os usuários no trânsito é dever das forças de segurança porque nossas vidas estão em risco. O ciclista sempre esteve acostumado a não cumprir regras no trânsito. É uma entidade imputável, nunca alcançada pela lei e isenta de qualquer cumprimento mínimo da legislação. Anda na contramão, na calçada, por cima dos jardins ... e a vida segue.
Trânsito III
O problema é que os proprietários de ciclomotores elétricos estão se vendo exatamente como ciclistas e não como motociclistas. Para eles, estão conduzindo uma simples bicicleta. Como bicicleta tradicionalmente não cumpre qualquer lei ou regra ... está liberado, psicologicamente, para fazer o que bem entender no trânsito. Então, no setor educacional tem de se colocar na cabeça do proprietário de ciclomotores – não importando a potência – que ciclista tem de cumprir lei e regras também. Simples assim.
Prisão I
A prisão de membros do Governo Bolsonaro nessa terça-feira colocou a extrema-direita em uma sinuca de bico eleitoral. Este momento final da prisão é o último de grande capacidade de mobilização nacional. A partir de agora, na prisão, Bolsonaro bem pouco poderá fazer em termos de mídia. O dilema dos bolsonaristas é justamente manter o alto índice de criatividade para criar ‘notícia’ que mantenha Bolsonaro na mídia. Daí, canto uma pedra: uma vez por mês, no mínimo, o ex-presidente vai ter de ficar gravemente doente. Acometido de alguma crise severa de soluço. O lema do bolsonarismo vai ficar mais ou menos assim: ‘O soluço é a solução!’
Prisão II
O problema é que o uso da doença como forma de criar notícia e manter o ex-presidente na mídia eletrônica tem um lado negativo no longo prazo. O eleitor comum, menos radicalizado, vai perceber que Bolsonaro é um ‘homem doente’, sem forças para administrar o país. A imagem de doente não é a melhor imagem para um candidato a presidente.
Prisão III
O outro ponto negativo para os bolsonaristas é que a prisão está sendo realizada a um ano do efetivo processo eleitoral. Muito longe, portanto, do que seria ideal para suas lideranças. O espaço que fica entre a prisão de Bolsonaro e o processo eleitoral poderá levar os bolsonaristas a ficarem sem discurso vinculado a Bolsonaro. Sem contar que a partir de agora os mais radicais é que tomarão conta da cena e dos atos públicos, deixando os moderados de lado.
Prisão IV
A verdade é que o cenário político para as eleições do próximo ano já está firmado. Será um cenário onde os bolsonaristas não poderão contar com Bolsonaro. Fica aquele ambiente do trabalhismo do tempo antigo. O PTB sobreviveu por décadas cultivando a memória de Getúlio Vargas. Mantidas as devidas diferenças históricas e pessoais, obviamente.
Briga
Esta semana o enfrentamento direito entre três vereadores demonstra o potencial explosivo que temos na Câmara de Vereadores de Itajaí. O simples atendimento a um cachorro baleado foi assunto suficiente para deixar três vereadores frente a frente como se estivessem em um verdadeiro campo de batalha. Acontece que o ano eleitoral está chegando e isso só tende a piorar. Aguardem.
Migração I
Os ‘sulistas’ – defensores do ‘Sul é o meu país’ – estão diante de uma situação de pura contradição. Ao mesmo tempo que propugnam que os estados federados do Sul devem se separar do restante do Brasil, cada vez mais, na condição de empresários, estão dependentes da mão de obra vinda de outras regiões do Brasil e, até mesmo, de países vizinhos, notadamente Venezuela e Paraguai.
Migração II
Muitos supermercados aqui em Itajaí, por exemplo, mantêm fixos grandes letreiros anunciando ‘Estamos contratando’. Isso vale, também, para todas as empresas envolvidas com a construção civil e prestação de serviços que demandam a utilização de um número alto de operários. Em outras palavras: no ‘Sul é o meu país’ tudo o que queremos é que cheguem cada vez mais migrantes e imigrantes.
Migração III
No meu tempo de criança lá no Bairro São João a gente costumava perguntar para um novo amiguinho: ‘você nasceu em que bairro?’. Hoje, perguntamos: ‘você veio de que estado brasileiro?’ Essa é a realidade do crescimento exponencial de Santa Catarina. Um desenvolvimento que necessita radicalmente da mão de obra vinda de fora. Por isso fica mais do que atual o slogan do Governo Macagnan ‘Em Itajaí há lugar para todos’. Sem bem-vindos!
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Publicado 25/11/2025 19:38