A defesa do ex-prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, se manifestou após a prisão dele nesta sexta-feira durante uma operação da Polícia Civil que investiga um esquema de golpes financeiros envolvendo empresas garantidoras de aluguel. Em nota enviada à imprensa, os advogados negam qualquer participação de Bosi em práticas ilegais e afirmam que o nome dele foi citado de forma indevida nas investigações.
Assinada pelos advogados Daniel Melim Gomes e Wagner Camilo dos Santos, a nota diz que as acusações divulgadas “não possuem qualquer respaldo fático” e seriam fruto de “interpretações distorcidas ...
Assinada pelos advogados Daniel Melim Gomes e Wagner Camilo dos Santos, a nota diz que as acusações divulgadas “não possuem qualquer respaldo fático” e seriam fruto de “interpretações distorcidas que não refletem a realidade dos fatos”. A defesa sustenta que o ex-prefeito sempre esteve à disposição das autoridades desde o início das apurações.
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Segundo os advogados, Daniel Bosi chegou a se apresentar formalmente nos autos por iniciativa própria, mesmo sem ter sido intimado. A nota também relata que o ex-prefeito constituiu defesa após ter sido procurado por policiais de forma considerada “atípica”, por meio de abordagens indiretas.
Outro ponto levantado pela defesa diz respeito à forma como a prisão foi cumprida. Os advogados afirmam que a abordagem foi “desnecessariamente truculenta” e que não haveria elementos que justificassem a manutenção da prisão preventiva.
“A divulgação de informações falsas ou descontextualizadas compromete a honra e a imagem do representado”, diz a nota, que ainda afirma que medidas legais já estão sendo adotadas contra quem propagar esse tipo de conteúdo. A defesa afirma confiar no Judiciário catarinense e diz que a inocência de Daniel Bosi será comprovada no decorrer do processo.
A manifestação ocorre um dia após a Polícia Civil de Navegantes anunciar a prisão do ex-prefeito, suspeito de integrar um grupo que aplicava golpes por meio de empresas que atuavam como garantidoras de aluguel sem autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A investigação aponta crimes de estelionato e apropriação indébita e levou ao cumprimento de mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, bloqueio de valores e suspensão de atividades econômicas.
A polícia investiga empresas com atuação em Santa Catarina e São Paulo e afirma que o esquema teria causado prejuízos a imobiliárias, algumas das quais chegaram a encerrar atividades. O caso segue em investigação, sob responsabilidade da Polícia Civil.