Madalena Miranda, mãe da adolescente Isabela Miranda Borck, de 17 anos, ainda tem esperança de reencontrar a filha viva. A menina está desaparecida desde 29 de novembro. Ela acredita que o ex-marido, pai da jovem, sequestrou Isabela por vingança após ter sido condenado por violência sexual.

A Polícia Civil ainda não informou quando o acusado, preso na quinta-feira, será transferido de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, para Itajaí. Diferente da mãe, a polícia acredita que as chances de Isabela ser encontrada com vida são remotas.

Para Madalena, a filha não saiu de casa por conta própria. “Por favor, que fique claro que minha filha não saiu de casa sozinha. Foi o pai que a sequestrou por vingança pela condenação. Ela tinha medida protetiva contra ele”, afirmou.

Menos de duas semanas antes do desaparecimento, o pai de Isabela foi condenado pela Justiça a 16 anos e quatro meses de prisão por estupros cometidos contra a filha quando ela era pequena.

Segundo a mãe, os abusos vieram à tona depois que a adolescente relatou a situação em sessões com psicólogos. “Ela contou em uma sessão com a psicóloga. Fui informada e depois ela me explicou que entendeu que o que ele fazia não era brincadeira”, revelou Madalena.

Os crimes teriam acontecido durante a infância da adolescente, mas o caso só foi revelado em 2023. Madalena contou ainda que após Isabela demonstrar incômodo com as agressões, os abusos sexuais teriam cessado.

Madalena e o ex-marido estão separados há três anos. Isabela mora com a mãe e o irmão mais velho no bairro Fazenda, em Itajaí. A sentença contra o pai foi publicada cerca de uma semana antes do desaparecimento da adolescente.

Nesta sexta-feira, a Polícia Civil informou que ainda não há data definida para a transferência do acusado para Itajaí. O paradeiro de Isabela segue desconhecido e as investigações continuam para esclarecer o caso.

Justiça autorizou prisão

O pai de Isabela foi preso em Maracaju após ser localizado fora do endereço onde morava, em Caraá, no Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, ele esteve em Itajaí no dia do desaparecimento da filha. Diante de contradições no depoimento, a Justiça autorizou a prisão temporária do investigado.