Faltando um ano para as eleições de 2026, o governador Jorginho Mello (PL) confirmou ao DIARINHO, durante a abertura da Marejada, que Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai concorrer a uma vaga no Senado por Santa Catarina pelo PL.

“Vai concorrer a senador por Santa Catarina! É um desejo do pai dele, é um menino de ouro, humilde, já se mudou para São José e está trabalhando”, disse. “Como nós temos duas vagas, uma vaga é indicada pelo presidente e a outra vaga pelo governador Jorginho. Ele já tem a indicação garantida”, completou.

Sobre a segunda vaga, o governador afirmou que espera as coligações para decidir quem irá ocupar. “Vamos ver ainda… pode ser do Esperidião Amin (PP), pode ser da Carol de Toni - daí fica a chapa pura, pode ser do João Rodrigues (PSD), enfim, é cedo ainda”, opinou. Se dependesse da preferência do governador, confessa, a candidata seria a Carol de Toni. “A Carol seria a minha candidata, mas como o presidente pediu o Carlos, não dá para ir de chapa pura. Então vai o Carlos Bolsonaro e alguém de outro partido”, explicou.

Diferente do discurso do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), em entrevista ao DIARINHO há duas semanas, o governador admitiu a possibilidade de uma dobradinha PL e PSD para o governo do estado. “Claro que existe! Tem grande parte do partido dele que não quer a candidatura dele. Ele antecipou muito a candidatura. Em política você não pode fechar a porta. Eu só não coligo com alguém de esquerda, mas se não está tudo certo. Ele é prefeito, tem que estar focado no trabalho dele lá, eu estou focado no trabalho em Santa Catarina, ele e todo o partido dele já sentiram a força da candidatura nossa e quer compor”, revelou.

Apesar de estar de portas abertas, o governador acredita que a articulação para a chapa dependerá de líderes do PSD, como Júlio Garcia, presidente da Assembleia Legislativa de SC, e Topázio Neto, prefeito de Florianópolis. “O prefeito Topázio já me apoiou. Estou recebendo a cada dia apoio de prefeitos importantes do PSD. Fazer uma composição com ele é possível, claro que é, em política nada é impossível desde que o princípio não seja excluso, desde que a intenção não seja maldosa, agora se for para construir, se for para que Santa Catarina ganhe, não tenha dúvida, tudo é possível”, finalizou.

“Eleição é tempo de coleta, quem não plantou, não vai colher, não adianta forçar a barra”

Já sobre a disputa para deputado federal e estadual, Jorginho disse que ainda não há definições, mas que os pré-candidatos precisam fazer a sua parte e ir à luta. “Eu tenho dito: toca a ficha, faz campanha, se prepara, se organiza... Eleição é tempo de colheita, quem não plantou, não vai colher, não adianta forçar a barra. Todas as candidaturas que brotam, eu sou um incentivador. Candidatura de mulheres, candidatura de jovens. Eu sou um apaixonado em fazer política”, destacou.

A orientação vem dos mais de 35 anos de vida política. “Eu disputei 10 eleições, venci as 10. Eu adoro ser político. Eu tenho muito orgulho do meu trabalho de 35 anos, cabeça erguida, ficha limpa, e eu incentivo.... Ainda é cedo, nós precisamos terminar esse ano. Eu já cumpri 100% do meu plano de governo em dois anos e meio. Estou fazendo grandes obras, pensando para daqui a 20 anos. Política é o ano que vem. Nós vamos ter que trabalhar todas as candidaturas. Eu estou tranquilo. A nominata do PL, e todos os outros partidos que me apoiam já, que já declararam apoio para estar juntos. Numa eleição que vai ser uma muito boa, muito mais fácil. Eu ganhei a eleição com 70%, todas as pesquisas eu cheguei até a 80%. O governo está voando. A gente está tendo a oportunidade de entregar muita coisa. Tudo que a gente promete, a gente cumpre e as pessoas observam isso. O estado vive um grande momento”, opinou.