O investimento bilionário vai colocar o porto no mapa mundial dos terminais capazes de atender aos meganavios. Com a conclusão da obra, a Portonave poderá operar dois novos guindastes Ship-To-Shore (STS) para a movimentação de contêineres, além de 14 guindastes Rubber Tyred Gantry (RTG), que serão recebidos no próximo ano e integram um pacote de R$ 439 milhões em novos equipamentos, anunciado em abril.
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A modernização vai impulsionar a capacidade anual de movimentação, passando dos atuais 1,5 milhão para 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), e dar agilidade às operações do porto reconhecido como o mais eficiente do país pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os investimentos devem fortalecer ainda mais a posição do terminal e da cidade no cenário portuário nacional.
Atualmente entre os quatro maiores portos do Brasil, a Portonave fechou 2024 com 1,2 milhão de TEUs movimentados, com 48% de participação de mercado em Santa Catarina e 12% da movimentação de contêineres no Brasil. Neste ano, mesmo com operações em metade do cais, a empresa já passou a marca de meio milhão de TEUs, mantendo o alto nível de eficiência e comprovando sua capacidade de adaptação.
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“Nosso foco é garantir a produtividade em cada movimento, sempre com excelência”, destaca o diretor-superintendente da Portonave, Osmari de Castilho Ribas. Ele informa que o terminal registrou a média de 116 movimentos por hora na operação de contêineres nos navios, por meio dos guindastes STS, em maio deste ano, segundo dados mais recentes.
“Esse desempenho reflete a capacidade de adaptação e a dedicação de uma equipe formada por 1,3 mil profissionais diretos, aliada a investimentos contínuos em infraestrutura moderna, que nos permitem operar com a melhor eficiência do país”, completou.
Protagonismo econômico e relação consolidada com a cidade
O porto mudou a história da economia de Navegantes, hoje a 15ª maior do estado, segundo o dado mais recente do IBGE (2021), e contribui para o crescimento no complexo portuário de Itajaí e nos portos catarinenses, que respondem por quase 30% da movimentação de carga no país e tornam a região atrativa.
O diretor-superintendente da Portonave lista os principais fatores que fazem do complexo de Itajaí e Navegantes destaque no cenário nacional. Na Portonave, ele ressalta que um dos maiores diferenciais está ligado à qualificação constante dos profissionais, desenvolvida desde o início da empresa, há quase 18 anos.
“A combinação de uma equipe qualificada com equipamentos modernos representa um diferencial competitivo para a companhia. Todos os esforços estão voltados para atender ao cliente e movimentar a sua carga com a melhor eficiência e excelência”, frisa Castilho.
Ele ainda analisa que a cadeia logística no entorno do terminal também contribui para a eficiência das exportações e importações. “Atualmente, há uma variedade de armazéns, despachantes, tradings e transportadoras que potencializam os negócios na região”, comenta.
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A Portonave é protagonista neste cenário, com impacto tanto na economia quanto na relação com a cidade. O PIB de Navegantes subiu oito posições desde o começo das operações da empresa, em 2007, e 40% da arrecadação do ISS pelo município são gerados pelos serviços do porto, conforme dados de 2024.
A geração de empregos é outro destaque. “O terminal portuário contribui de modo significativo para a geração de empregos – dos 1,3 mil profissionais, 70% são de Navegantes”, detalha o diretor. O apoio a iniciativas sociais em Navegantes também ganha importância na relação porto-cidade, por meio de ações do Instituto Portonave.
Portonave
Início das operações outubro de 2007
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Área total 400 mil m²
Movimentado até junho/25 + de 13,5 milhões TEUs
Capacidade anual 1,5 milhão TEUs (2 milhões em 2026)
Movimentação em 2024 1,2 milhão TEUs
Movimentação até junho de 2025 516.246 TEUs
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Tomadas reefers 3210
Gates com balança 10
Acesso 2 mil caminhões por dia (média)
Linhas de navegação 9 em quatro continentes
Colaboradores diretos 1230
ISS gerado 40% da arrecadação do município
Investimentos anunciados R$ 1,5 bilhão
Participação de mercado (2024) 48% em SC e 12% no Brasil